A capital alagoana iniciou mais um passo no processo de modernização da gestão da assistência pública de saúde. Desde dezembro, a Secretaria de Saúde de Maceió deu início à implantação do BioSUS, sistema que fará a confirmação dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde(SUS) por meio e identificação digital (biometria). O projeto piloto foi iniciado com os pacientes que utilizam os serviços de hemodiálise, quimioterapia, radioterapia e tratamento do glaucoma (dispensação de colírio).

Ao fazer o lançamento do BioSUS com os técnicos da Coordenação de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação (CGTIC), o secretário municipal de Saúde, Adeílson Loureiro, frisou que a iniciativa se alia aos esforços implementados pelo Ministério da Saúde no sentido de conferir transparência à utilização dos recursos da saúde e garantir o acesso dos usuários aos serviços do SUS.

“Estamos trabalhando na criação dos instrumentos que promovam melhorias na gestão do SUS no município, facilitando a gestão da atenção básica, especialmente, do ponto de vista administrativo. O novo sistema permitirá a Maceió não só identificar fielmente quem são seus usuários, mas também a distribuir seus recursos com mais eficiência, no atendimento das grandes demandas dessa população”, reforçou Loureiro.

Nesta primeira etapa do processo, o novo sistema de atendimento atingirá apenas os pacientes que fazem tratamentos continuados. Em relação a esses usuários, o município vem realizando através do SUS uma média mensal de 9 mil procedimentos em nefrologia (hemodiálise), 10 mil em quimioterapia e 8 mil em radioterapia. No tratamento do glaucoma foram atendidos cerca de 18 mil pacientes nos últimos meses de 2011.

Ainda de acordo com o secretário, para estender o procedimento a todo o sistema de atendimento, o município solicitará oficialmente ao Tribunal Regional Eleitoral e ao Ministério da Justiça, a base cadastral dos eleitores, obtida por meio do recadastramento biométrico.

Para modernizar a gestão do SUS em Maceió, o primeiro passo dado foi a reformulação do Sistema de Regulação (CORA), que hoje consegue responder com mais eficiência às demandas da população, com o agendamento de consultas especializadas, exames e procedimentos cirúrgicos. Apesar do crescente aumento do número de agendamentos dos procedimentos realizados pelo SUS, o município ainda precisa vencer um desafio: o índice significativo de evasão.

“Em média, cerca de 35% dos usuários não comparecem à consulta ou procedimento, por variados motivos, prejudicando o atendimento de outras demandas pelo serviço. É detectando e ajustando falhas como essa, que seguimos com o objetivo de aprimorar a assistência da saúde no município”, frisa Adeílson Loureiro.