Fundada em 26 de julho de 1972 o Grêmio Recreativo Escola de Samba Jangadeiros é a escola de samba maceioense e alagoana que mais possui títulos na história dos carnavais locais, e para continuar “escrevendo história”, iremos fazer uma grande homenagem a Arapiraca e aos arapiraquenses, cuja importância é impa para o estado de Alagoas.

O enredo do GRES Jangadeiros Alagoanos é: “Um sonho a sombra de uma Arapiraca”, cujo objetivo maior é contar um pouco da história desse município que é o segundo em grau de importância para o estado de Alagoas. Será um enredo com história e aroma na avenida... Pois muito cheiro de fumo vai tomar conta da passarela! – afirma Henrique Fernandes/carnavalesco da escola.

Breve História

Localizado no agreste de Alagoas, o nome do mais importante município do interior é de origem indígena, oficializado com a emancipação política ocorrida em 1924. Provém de uma árvore frondosa típica do lugar, da família das mimosáceas, que dava sombra e conforto aos viajantes que passavam por ali sob sufocante calor tropical. Os índios a chamavam de “árvore em que periquito pousa” ou, segundo outra versão, “ramo que arara visita”. Do tupi: “ara” quer dizer periquito (ou arara de acordo com outros); “pira” pode ser traduzido como pousa; e “aca” significa ramo de árvore. Trata-se de uma espécie de angico branco, muito comum no Agreste e no Sertão, e que o povo, à sua maneira, denomina de Arapiraca.

Segundo a tradição popular, Manoel André, o fundador da cidade, acampou à sombra de uma acolhedora Arapiraca, situada à margem direita do Riacho Seco, quando havia se dirigido àquela região, em 1848, para tomar posse da propriedade Alto do Espigão do Simão do Cangandu, adquirida por seu sogro, Capitão Amaro da Silva Valente de Macedo, que residia no então Povoado de Cacimbinhas, município de Palmeira dos Índios. Na oportunidade, teria dito: “Essa Arapiraca, por enquanto, é a minha casa.” Então, seria esse o primeiro marco histórico e o referencial inicial da futura cidade.

Arapiraca é um município localizado no estado brasileiro de Alagoas. Principal cidade do Agreste Alagoano, com aproximadamente 215.000 habitantes, é atualmente a segunda cidade mais populosa do estado, posicionando-se logo depois de sua capital, Maceió, da qual se distancia 123 quilômetros. Ficou conhecida, nos anos 70, como a "Capital do Fumo" por ser o maior produtor de tabaco do país.

O local começou a ser povoado na primeira metade do século XIX. Como distrito, Arapiraca esteve subordinada, sucessivamente, a Penedo, Porto Real do Colégio, São Brás e Limoeiro. Foi elevado à categoria de município em 30 de outubro de 1924, constituindo-se de territórios desmembrados de Palmeira dos Índios, Porto Real, São Brás, Traipu e Limoeiro.

A partir da década de 1970, por conta da grande área plantada de fumo, que gerou um excesso do produto nas pequenas indústrias de beneficiamento do tabaco que havia na região, e a consequente diminuição no preço, seguiu-se um ciclo de decadência da fumicultura. Desde os anos de 1980 experimenta um crescimento econômico com seu comércio (com destaque para a tradicional feira livre) e serviços. Além disso, o setor industrial do município tem apresentado relativo crescimento nos últimos anos.

O mais importante município do interior alagoano, Arapiraca destaca-se como importante centro comercial da região agreste localizando-se no centro geográfico do estado de Alagoas. A área de influência direta do município atinge uma população de aproximadamente meio milhão de habitantes.

O enredo: Um sonho a sombra de uma arapiraca
De forma poética assim começa nosso enredo... De repende uma árvore frondosa dá sombra e faz sonhar nosso personagem, essa árvore é uma arapiraca, um local onde os pássaros pousam para cantar, nosso jangadeiro irá dormir embalado pelo cântico dos pássaros e sonhar com a história de arapiraca... Sua fundação com o ilustre Manoel André, seu amor e prova de fé quando edificou uma igreja à Nossa Senhora do Bom Conselho para ser o local de descanço, mais adiante essa devoção faria da santa a padroeira de Arapiraca. Sua emacipação tão defendida e mérito do Major Esperidião Rodrigues da Silva. A cultura do fumo (que brotava no seu maior ciclos nos anos 70), cujo plantio e beneficiamento serão levados para avenida, nesse momento o aroma, o cheiro do fumo se espalhará em nosso carnaval... Faremos alusões a feira livre tão importante para o município e que até hoje fomenta, e é sinônimo da tradição e do comércio da região... As festas grandiosas do passado como o “Alavantú Arapiraca” e “Micaraca” com os blocos “Chiclete com Cachaça” e “Azul e Branco” famosos na folia de rua... As grandes personalidades... Citando a inesquecível Dep. Ceci Cunha, sua luta e o clamor por justiça... O desenvolvimento o progresso a expansão e o desenvolvimento urbado e do povo arapiraquense... A religiosidade e a devoção a Nossa Senhora do Bom Conselho... O grupo Coringa... e por fim fecharemos nosso sonho com o despertar do nosso personagem com a vibração da torcida do Asa gigante. Aqui estão apenas tópicos de como abordaremos o enredo.