A natureza foi pródiga para com o Estado de Alagoas, em se tratando de belezas naturais. São 230 quilômetros de litoral, com praias paradisíacas, 33 lagoas e mais de 170 Km de leito do rio São Francisco. Com todo esse invejável potencial, o Estado se tornou um dos mais atraentes pólos turísticos da região, atraindo turistas de todo o lugar do mundo. Porém, em contrapartida, os turistas reclamam do péssimo atendimento e que são explorados com os preços abusivos, além do lixo em excesso nas praias.
De acordo com a secretária de turismo Daniele Novis, os profissionais trabalham o ano todo para conseguir atrair os turistas para o Estado, porém há uma deficiência no turismo do Brasil como um todo. “Com a chegada da alta temporada o Estado fica tomado por turistas. Na semana entre Natal e Reveillon tivemos 100% de ocupação nos hotéis. Porém, devo reconhecer que como um Estado turístico, deveríamos ser mais preparados em atender melhor o turista”, afirmou Novis.
Para o empresário Pedro Atanásio, os ambulantes estão cobrando preços abusivos. “Não sou turista, mas acho um absurdo um ambulante cobrar R$40,00 por uma mesa e duas cadeiras, isso só para sentar. Eles deveriam entender que com isso espanta o turista”, disse o empresário.
Para conhecer as piscinas naturais são cobrados em média R$50,00 por pessoa. Para a enfermeira Vera Alves, que mora em São Paulo, vir a capital é preciso fazer um bom “pé de meia”. “Esse é o segundo ano que venho a Maceió e, aqui não se explora o turismo e sim o turista. Os preços são um absurdo, sem falar em alguns estabelecimentos marcados pelo péssimo atendimento”, disse a enfermeira.
A secretária de turismo reconhece que os ambulantes estão abusando nos preços. “Já temos conhecimento desses casos. Esta semana estamos preparando uma fiscalização em toda Orla de Maceió, estamos com um cronograma para atender a demanda, mas é claro que essa situação foge do controle. É uma pena, porque trabalhamos o ano todo para atrair o turista e nos deparamos com isso”, frisou Daniele Novis.
Sobre as denúncias de lixo na cidade, o superintendente da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), José Rock, há uma equipe de mais de 90 homens só na orla para garantir a limpeza. “Faço pessoalmente essa fiscalização. Moro perto da praia e assim que acordo vou fazer minha caminhada e observo tudo. E felizmente não vejo essa quantidade de lixo que os turistas dizem ver. É claro que há pessoas sem educação que jogam lixo no chão”, disse.
Ainda segundo o superintendente, muitas pessoas confundem sargaço com lixo. “O que vejo são sargaços, mas não podemos retirar porque isso é crime ambiental. Temos técnicos especializados para garantir que nenhum tipo de dano seja causado ao meio ambiente”, afirmou.
Cerca de cinco mil lixeiras foram distribuídas para os ambulantes no entorno da orla de Maceió. “Além das lixeiras que foram dadas para os ambulantes, temos também as lixeiras que ficam nos postes e que são frequentemente limpas pelos nossos homens. Já estamos fazendo uma contagem e já temos projetos de acrescentar mais lixeiras por toda orla”, finalizou o superintendente da Slum, José Rock.