A luta principal do UFC 142, evento que acontece no próximo 14 de janeiro, no Rio, tem um componente inusitado: o início do combate está marcado para o horário pouco convencional das 3h30, já na madrugada do dia 15. Porém, para o campeão José Aldo, a hora ajustada para atender à transmissão de televisão nos Estados Unidos não vai prejudicar sua defesa do cinturão dos penas contra o invicto americano Chad Mendes.

"Não faz diferença nenhuma, procuro treinar no mesmo horário da luta, estou preparado. Sei o que fiz e é nisso que acredito, chegar lá e lutar. O horário tanto faz, 1h da tarde, meia-noite, 4h da manhã, tanto faz", minimizou o lutador amazonense, que é atleta do Flamengo e vai representar as cores do clube rubro-negro no octógono.

"Estou muito animado em representar o Flamengo, estava esperando acontecer. Mas não estou pensando no Flamengo, em nada, só na luta que tenho que fazer. O Flamengo está me apoiando, mas penso na luta", disse Aldo, que é flamenguista de coração.

Sobre o recente crescimento na ligação entre o futebol e o MMA, o campeão dos penas foi otimista. Para Aldo, o esporte mais popular do Brasil só tem a acrescentar à modalidade, que vem ganhando cada vez mais espaço. No País, Anderson Silva é vinculado ao Corinthians, enquanto Rodrigo "Minotauro" Nogueira defende as cores do Internacional.

"Vejo com bons olhos, o futebol tem seu status, e os clubes podem dar espaço de treino, de fisioterapia. Isso só vem a somar", afirmou ,descartando perder a torcida de adeptos de equipes rivais do Flamengo no UFC 142: "não vejo isso. Vou representar o Brasil, não o clube de futebol. O clube vem para ajudar na sua carreira".

Por fim, o brasileiro considerou uma mudança de categoria para os leves (até 70,3 kg) no futuro. Atualmente acumulando 13 vitórias seguidas entre os penas (até 65,8 kg), Aldo perdeu pela única vez na carreira justamente em sua única luta pelos pesos leves: foi finalizado por Luciano Azevedo no Jungle Fight 5, em novembro de 2005.

"Não depende só de mim, mas também do Dedé (Pederneiras, treinador de jiu-jitsu), de todo mundo. Eles são de fora e sabem melhor de querer subir (de categoria). Sabem meu desejo, que é algo que considero, de subir. Mas sou novo (25 anos), tenho muito a aprender. Na hora que for, ele (Dedé) vai chegar, falar e mudar", concluiu José Aldo.