O Comando da 10º Região Militar do Exército informou, em nota, que a sensação de insegurança que tomou conta de Fortaleza nesta terça-feira (3) foi motivada por falsos alarmes de assaltos e roubos.

PM e bombeiros do CE voltam ao trabalho

A nota afirma que isso foi constatado durante o acompanhamento de denúncias de ocorrências policiais que depois foram confirmadas como trotes. O Exército assumiu o controle da segurança pública no Ceará durante a greve de policiais militares e bombeiros encerrada na madrugada desta quarta-feira.

O Exército, no entanto, não informou o número de crimes que ocorreram na cidade durante a greve.

Pelo menos um caso foi confirmado por policiais civis à Folha. De acordo com a polícia civil, uma mulher foi baleada no estacionamento de um supermercado quando cerca de 15 homens passaram em motos atirando.

Ela tentou registrar o caso do 25º Distrito Policial, mas a delegacia estava fechada porque, com a greve da PM, os policiais civis ficaram com medo de tentativas de resgates de presos detidos no local.

Segundo a nota do Exército, militares de Pernambuco reforçaram ontem o policiamento nas cidades de Juazeiro do Norte e Crato, no interior do Estado. Com isso, o efetivo empregado na operação em todo o Estado chegou a 2.187 homens (1.098 militares das Forças Armadas, 264 da Força Nacional de Segurança, 144 da Polícia Rodoviária Federal, 507 da Polícia Militar e 174 do Corpo de Bombeiros Militares).

Também por meio de nota, o governo do Estado disse que a greve foi encerrada após uma negociação de mais de quatro horas.

Segundo o governo, ficou definida a redução da carga horária para 40 horas semanais, a incorporação de uma gratificação de R$ 920 ao salário dos PMs e bombeiros e a não instauração de processo administrativo contra os grevistas.