A defesa do ex-deputado e advogado José Maria Tenório, ficou surpresa com a decisão do desembargador Edivaldo Bandeira Rios a respeito do Habeas Corpus do seu cliente. Os advogados se encontraram com o magistrado na manhã desta quarta-feira (04) e garantem que ele reconheceu que houve um equívoco, mas que preferiu manter o seu posicionamento.

O advogado Diego Duca, que foi ao Tribunal de Justiça acompanhado do seu companheiro de causa, Rodrigo Monteiro, assegurou ao CadaMinuto que há uma série de equívocos na decisão, principalmente quando o magistrado se refere à posição da Procuradoria Geral de Justiça.

“A decisão diz que a Procuradoria não foi favorável ao meu cliente quando, na verdade, ela fez opção pela concessão da liberdade. Logo, houve um equívoco do desembargador. O problema agora é que com essa decisão, o pedido não vai mais à Câmara Criminal do TJ. Não há por que manter o José Maria preso se todas as certidões anexadas ao processo são favoráveis ao meu cliente”, afirma Duca.

O CadaMinuto teve acesso ao parecer da Procuradoria, datado de 14 de dezembro de 2011 e em seus trechos ele fala ser desnecessária a manutenção da prisão, ressalta o posicionamento da 17ª Vara e diz que: “ao oferecer a substituição do cárcere, entende que não é mais necessária a prisão, sendo imperiosa a sua soltura”.

Os advogados de Tenório estiveram na manhã desta quarta-feira (04) com o desembargador bandeira Rios e disseram ter ele reconhecido o equívoco, porém optado por manter a decisão. “Iremos agravar a decisão para que ela seja remetida ao plenário da Câmara Criminal. O desembargador reconheceu que se equivocou, mas mesmo assim preferiu não mudar seu posicionamento”, relata Diego Duca.