A mais recente informação sobre o caso do modelo Erick Ferraz, de 24 anos, vem como uma bomba. Ele foi enterrado sem que houvesse a retirada dos projéteis do seu corpo. Por essa razão, o Instituto de Criminalística (IC) ainda não teria recebido o material que poderia comprovar de que tipo de arma partiram os tiros.

O Instituto Médico Legal (IML) confirma que ainda não enviou os projéteis ao IC. Em conversa, via telefone, com a reportagem do Cadaminuto, o diretor Gerson Odilon não quis precisar o dia exato para que isso aconteça. Porém, o portal de notícias tomou conhecimento de que a falta de um aparelho de raio-x naquele Instituto, para a localização dos projéteis no corpo de Érick, teria dificultado o trabalho de necropsia. Ou seja, se não havia equipamento, os projéteis não foram retirados.

Segundo a fonte, também agente da segurança pública, que manteve contato com o Cadaminuto, a aflição agora gira em torno da exumação do corpo do modelo.
“Os médicos-legistas estão em pânico, correndo para que a família autorize a exumação. Caso não permita, somente o juiz poderá decidir”, afirma a fonte.

O advogado Raimundo Palmeira, afirmou que a família teria recebido “um telefonema de uma autoridade, no início da noite, pedindo que assinassem um documento”. Eu disse que não assinassem nada sem que eu visse primeiro. Acho um absurdo ele ter sido enterrado com os projéteis, isso não existe. “Porém, se for mesmo isso, irei pedir autorização à família porque os projéteis são fundamentais para o esclarecimento do caso”, garante Palmeira.

O Cadaminuto conseguiu manter contato com o pai de Erick, Edglemes dos Santos. Com a voz embargada, depois de conversar com Raimundo Palmeira, ele disse que a noticia só aumentou a dor. “Meu Deus, não consigo entender como enterraram meu filho com as balas no corpo.

Quando estamos recebendo apoio de pessoas do bem, vem tudo de novo. A ferida vai ser  aberta mais ainda e nós vamos sofrer tudo em dobro. Saber que o corpo do meu filho vai ser aberto, remexido, ficamos sem palavras”, declara o pai de Érick.

Sobre a autorização para a exumação, ele afirmou: “Tudo passa pelo nosso advogado Raimundo Palmeira. Se ele autorizar, autorizamos”.
 

Quem também se mostrou surpreso com a notícia, recebida por meio do advogado Raimundo Palmeira foi o delegado Belmiro. "Já estava de saída para Maceió quando o advogado ligou para repassar a informação. Confesso que fui pego de surpresa", afirma o delegado.