Após radioterapia, Lula inicia quimioterapia e deve receber alta

04/01/2012 12:29 - Brasil/Mundo
Por Redação
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Após sua primeira sessão de radioterapia no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou à tarde uma sessão de quimioterapia para tratar um câncer de laringe diagnosticado em outubro do ano passado.

Essa é a quarta sessão de quimioterapia, desta vez mais branda do que as anteriores, responsáveis pela redução de 75% do tumor. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Lula receberá alta às 15h, mas ninguém sabe ao certo o horário em que ele de fato vai para sua casa, em São Bernardo, já que os médicos recomendam repouso após uma sessão de quimioterapia.

De acordo com o assessor pessoal do ex-presidente, a sessão de radioterapia foi rápida e durou cerca de 15 minutos. Lula chegou às 10h42 por um acesso especial e foi direto realizar os exames preparatórios. Diferentemente da primeira fase do tratamento, quando ele permanecia internado por uma noite, Lula terá de voltar diariamente ao hospital por um período de seis a sete semanas. O médico Luiz Paulo Kowalski, um dos integrantes da equipe que acompanha o ex-presidente, disse que a internação, nestes casos, só ocorre se houver complicações. Ele disse que o ex-presidente só deve sofrer efeitos colaterais da radiação a partir da terceira ou quarta semana.

- Nas primeiras semanas, os pacientes conseguem tocar suas atividades.

Durante as sessões, Lula permanecerá deitado por dez a 12 minutos no aparelho de radioterapia. A cabeça será imobilizada para garantir que a radiação atinja a região a ser tratada. A radiação deve abranger, além do tumor na laringe, os gânglios próximos.

Efeitos colaterais

As reações mais comuns são mucosite (inflamação na mucosa oral), vermelhidão, escamação e inchaço na região do tratamento. Devido às pequenas úlceras que podem surgir, o paciente sente dores e dificuldade na deglutição. Com dificuldade para engolir, algumas pessoas emagrecem e passam a se alimentar por sonda. Lula já teve mucosite durante a quimioterapia, além de queda de cabelo e fadiga, efeitos colaterais considerados normais.

Para evitar o agravamento dos efeitos da radioterapia na boca e na garganta, o ex-presidente será acompanhado por dentistas. Uma nutricionista também foi escolhida para garantir uma dieta compatível com o tratamento radioterápico. A equipe será coordenada pelo médico João Luís Fernandes, coordenador do Serviço de Radioterapia do Sírio-Libanês.

Segundo Kowalski, Lula vem seguindo rigorosamente as recomendações médicas e, por isso, os efeitos colaterais sofridos até agora estão dentro do esperado. A motivação do ex-presidente também foi lembrada como fundamental.

Os médicos esperam que Lula finalize a radioterapia na semana que antecede o Carnaval e os desfiles das escolas de samba de São Paulo. Homenageado da Gaviões da Fiel, o ex-presidente pretende desfilar na segunda noite da festa paulistana. Para Kowalski, “tudo leva a crer que ele terá condições de desfilar”.

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