A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, terá de ficar cinco dias isolada para uma das fases da recuperação da cirurgia de retirada de um tumor na glândula tireoide, realizada nesta quarta-feira. Ela ficará afastada de suas funções até 24 de janeiro.

Segundo o jornal argentino "La Nación", uma das fases do tratamento são aplicações de iodo radioativo. O procedimento fará com que a presidente não possa se aproximar a menos de dois metros de distância de outras pessoas por causa das ondas emitidas. No período, ela não poderá participar de atos públicos.

Durante as primeiras 72 horas, Cristina deverá ficar internada. Após o período, a recuperação provavelmente será feita na residência oficial de Olivos, na região metropolitana de Buenos Aires. No entanto, com o aval dos médicos, a presidente poderá descansar na estância turística de El Calafate, no extremo sul argentino, de acordo com o "Clarín".

TIREOIDE

Cristina perderá toda a glândula com a retirada do tumor, que está em seu lado direito. A cirurgia consiste em um corte horizontal no pescoço para a retirada da tireoide. De acordo com fontes da Presidência argentina consultadas pelo "Clarín", Cristina estava tranquila antes da cirurgia e acompanhada dos dois filhos, Máximo e Florencia.

O jornal também afirma que mais militantes pró-governo são esperados na porta do hospital onde a mandatária está internada. A vigília, iniciada na terça-feira, foi organizada pelo grupo La Cámpora, presidido por Máximo.

AMÉRICA DO SUL

Cristina é a quinta chefe de Estado sul-americana a ter câncer nos últimos três anos. Em 2009, Fernando Lugo, do Paraguai, e Dilma Rousseff, quando ainda era ministra, tiveram câncer linfático. No ano passado, foi a vez de Hugo Chávez, da Venezuela, e de Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-mandatário brasileiro passa nesta quarta-feira pela primeira etapa da radioterapia em São Paulo.