Atualizada às 15:34

Edglenes dos Santos, 51, pai do modelo Erick Alexandre Ferraz, morto na madrugada do último domingo (01), seguiu para o Palácio República dos Palmares na tarde desta terça-feira (03), onde deveria se reunir com o governador Teotônio Vilela, após iniciar uma greve de fome e se acorrentar em uma pedra na orla lagunar de Marechal Deodoro, cobrando solução para o assassinato do filho.

O governador se comprometeu, pela manhã, a receber Santos, mas precisou cumprir uma agenda externa e designou o secretário de articulação política, Rogério Teófilo, para conversar com o pai do modelo. Ao chegar no Palácio, Santos, que há três dias só toma água de coco e come frutas, passou mal e foi atendido pela equipe médica de Vilela. Ele levou fotos do modelo.

“No dia em que meu filho morreu o IML recebeu 25 corpos. Não quero que esse crime caia no esquecimento. Observo os índices que apontam Alagoas como o Estado mais violento do país, por isso peço justiça para a morte do meu filho. É inaceitável que uma vida seja perdida assim", lamentou ele.

Teófilo informou que todas as medidas legais serão tomadas para solucionar o homicídio.  "Estamos fazendo um esforço imperativo para que o caso seja resolvido. O governador se comprometeu em receber o pai do modelo na próxima quinta", disse o secretário.

Nesta tarde testemunhas do crime estão sendo ouvidas na sede da Polícia Civil, em Jacarecica. Ainda hoje poderá haver novidades sobre o caso.

O crime

O modelo Erick Ferraz foi assassinado na madrugada do dia 1° de janeiro durante uma festa de Reveillon em Viçosa. Testemunhas contaram que o modelo teria ido tomar satisfações com Judarley Oliveira, uma vez que o mesmo teria ‘paquerado’ a sua namorada.

Quando deu às costas foi alvejado por três disparos de arma de fogo, não resistindo aos ferimentos, tendo morte instantânea. Além de trabalhar como modelo, Erick Ferraz era pré-candidato a uma vaga na Câmara de Vereadores de Marechal Deodoro.

Erick Ferraz era membro de uma tradicional família deodorense. Seu pai é presidente do Bloco Nação Rubro Negra. O caso será investigado pela Polícia Civil, através do delegado Belmiro Cavalcante de Albuquerque.