IML realiza exumação do corpo de bebê morto em hospital do DF

30/12/2011 15:23 - Brasil/Mundo
Por Redação

Técnicos do Instituto Medicina Legal do Distrito Federal (IML/DF) realizaram na manhã desta sexta-feira (30) a exumação do corpo do bebê que morreu no Hospital Regional do Paranoá com suspeita de ter recebido dose excessiva de remédio. A Secretaria de Saúde diz que a morte foi provocada pela bactéria streptococus pyogenes.

O pai da criança acompanhou o trabalho dos peritos no cemitério Campo da Esperança. O corpo do menino já foi encaminhado ao IML.

O bebê de oito meses morreu no último dia 20 após ser atendido com febre no hospital. Segundo os pais, os médicos teriam informado que a morte havia sido provocada por uma bactéria e por isso a necrópsia não foi feita no dia da morte.

Os pais do bebê registraram boletim de ocorrência com pedido de abertura de inquérito na terça (27). O registro foi feito após a denúncia de uma enfermeira do Hospital do Paranoá de que a causa da morte teria sido uma superdosagem de Diazepan, calmante usado para tratar convulsões.

A Secretaria de Saúde informou em nota nesta quinta-feira (29) que a causa da morte do bebê foi a “síndrome do choque tóxico”, causada pela bactéria streptococus pyogenes. O governo esclareceu que, num primeiro momento a criança recebeu medicamento para meningite, mas com a piora súbita, houve a suspeita da síndrome. Exames foram feitos e medicação aplicada, mas a criança acabou morrendo.

Parentes e pessoas que tiveram contato com o bebê estão passando por ações de prevenção e controle. Este ano foram registrados nove casos de infecção pela bactéria no DF e seis mortes.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso e terá 30 dias para fazer a autópsia e ouvir o depoimento de médicos e enfermeiros.

“Esse inquérito está tramitando com a máxima urgência e prioridade na delegacia. Enquanto o laudo do IML é confeccionado, nós prosseguiremos na oitiva de toda a equipe médica, ou seja, médicos e enfermeiros que tiveram contato com a criança, bem como os familiares”, disse o delegado do Paranoá Joás Bragança Borges.
 

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