Marcado pelo aumento dos casos de violência, 2011 foi de longe um ano tranquilo para os alagoanos. De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em outubro, Alagoas é único Estado com mais de 60 mortes por 100 mil habitantes e Maceió também ostenta o título de capital mais violenta.

Um índice que no passado, pertencia às grandes metrópoles. O Cadaminuto foi às ruas para saber a opinião da população sobre a segurança pública no Estado. Apesar dos investimentos, como entrega de viaturas, novas bases comunitárias e até helicópteros, os índices de violência não param de crescer e a população ainda reclama que faltam policiais nas ruas para garantir a segurança.

De acordo com o relatório da ONU, o Brasil é o sexto colocado em homicídios. Foram 43.909 em 2009, mais do que na China, na Índia e nos Estados Unidos, países com populações maiores. No rankig de homicídios a cada cem mil habitantes, o Brasil aparece em 24º lugar. Alagoas aparece no topo do mapa, com mais de 60 mortes por mais de 100 mil habitantes.

De acordo com o taxista Ricardo Vasconcelos, o Estado precisa de mais policiais nas ruas. “O Estado está completamente acéfalo de segurança pública. O número de policias está defasado, a autoridade não utiliza os recursos federais para investir e suprir as necessidades do Estado”, afirmou o taxista.

Para o aposentado, Manoel Brandão, os investimentos que são feitos não surtem efeitos. “O Estado de Alagoas está completamente sucateado, não há estímulos. O governo até que está fazendo alguma coisa, só que não surte efeito”, disse Brandão.

Assista mais depoimentos da população em entrevistas ao CadaMinuto:


Casos

A universitária Giovanna Tenório foi encontra morta no dia 06 de junho, em estado de decomposição avançado. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresentava vários sinais de violência além de estar com cordão de nylon no pescoço. Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato tiveram seus nomes relacionados ao rapto e morte da estudante, mas apenas Mirella continua presa acusada na morte.

Outro crime que chocou a população foi o esquartejamento da doméstica Maria de Lourdes Farias de Melo, no Conjunto Carminha, no dia 24 de julho. Ela foi retirada a força de dentro de sua residência por traficantes espancada, assassina a tiros e depois esquarteja. Com o seu sangue foi escrito “cabueta”. Os assassinos ainda arrancaram a cabeça da vítima e colocaram em uma estaca.