A nova lei antifumo, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (15), promete acirrar os ânimos, principalmente em estabelecimentos comerciais, já que os “fumódromos passaram a ser proibidos em locais coletivos fechados, privado ou público. Mas, as medidas precisam ser regulamentadas pelo governo para entrar em vigor.
A lei torna obrigatórios os avisos sobre os malefícios causados pelo fumo, que atualmente ficam na parte de trás dos maços e a partir de 2016 deverão aparecer em 30% da área frontal da carteira de cigarro. A propaganda comercial do fumo continua só sendo permitida nos locais de vendas, desde que acompanhada das cláusulas de advertência e tabela de preços.
Em Alagoas
Segundo José Kleber, o Zeca, gerente do restaurante Divina Gula, o estabelecimento cumpre a lei que determina locais reservados para os fumantes. No entanto, ele lembrou que já houve casos em que o cliente desrespeitou a determinação e até chamou a Polícia, após o pedido para apagar o cigarro.
“Já vi muitas saias justas por causa do fumo, que em alguns casos, acaba sendo um transtorno, pois existe a velha rixa entre fumantes e não fumantes. Por existir uma lei, o estabelecimento é mais cobrado. Muitos têm consciência, perguntam e chegam a ir fumar na calçada, é uma questão de educação. AS pessaos que vêm de outros Estados, como São Paulo já estão acostumadas”,destacou.
Para ele, os estabelecimentos comerciais acabam perdendo de uma forma ou de outra, mas precisam respeitar a legislação. “Tem que ter jogo de cintura, saber como abordar o cliente que está fumando em local proibido. Levamos o cinzeiro ou pedimos para apagar o cigarro”, destacou.
Ex-fumante
Mesmo tendo deixado de fumar há dois meses, a comerciante Karine Almeida classifica como radical a nova lei sancionada pelo governo. Ela afirmou ser inviável proibir os fumodromos, onde só vai quem fuma.
“Fumei durante 10 anos e parei porque fiz um clareamento nos dentes, mas o cigarro não me fazia mal, não me sinto uma viciada. Já proibiram o fumo em todo lugar, acho um absurdo. Sou a favor da proibição das propagandas na TV, mas querer proibir que a pessoa fume é como acabar com o livre arbítrio dos seres humanos", pontuou.
