O impasse envolvendo o Conselho de Segurança do Estado de Alagoas (Conseg) e associações de policiais militares de Alagoas promete ganhar mais um capítulo na tarde desta sexta-feira (23). Após diversas manifestações de familiares e colegas de farda, o conselho irá se reunir com as entidades com objetivo de encontrar uma solução para resolver o impasse sobre a transferência de militares para o Sistema Prisional.
Na última semana, representantes do Conseg visitaram o presídio militar - que fica localizado no Trapiche da Barra em Maceió - e observaram que a unidade não tinha condições de continuar funcionando. O Conselho avaliou ainda que a permanência dos presos acarretaria no risco à vida dos militares.
“Não estamos em discordância com a interdição do presídio, no momento era necessário. Aquilo lá está precário e as vidas dos companheiros estavam em risco”, argumentou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares (Assmal), sargento Teobaldo de Almeida, em entrevista ao Portal CadaMinuto.
Ainda segundo ele, os 21 militares transferidos para o Baldomero Cavalcanti estão correndo risco de morte iminente. “Os reeducandos já informaram que pretendem matar os nossos colegas. Há a necessidade imperativa de ser feito algo pelas autoridades, nada mais natural”, frisou.
O sargento revelou ainda que associações vão cobrar, na reunião, o cumprimento de uma norma do regimento da Polícia Militar de Alagoas. “Enquanto não é realizada a reforma, queremos que os militares fiquem nas suas unidades de origem. É legal é constitucional”, acentuou.
Ainda na entrevista, o militar fez questão de ressaltar que os 21 transferidos ainda não foram condenados e, portanto, estão sub judice.