A Eletrobras mantém o plano de internacionalização mesmo sem ter saído vencedora na disputa pela EDP (Energias de Portugal), embora não identifique, no momento, outra possibilidade de compra de participação de ativos no exterior.
"Nosso planejamento estratégico para 2020 aponta uma meta de termos 10% de nosso faturamento vindo de operações internacionais. Essa meta não foi alterada e temos confiança de que a atingiremos", disse o presidente da companhia, José da Costa, em comunicado.
O presidente afirmou ainda que a empresa apresentou uma "excelente proposta" pela fatia de 21,35% do governo português na EDP, que previa investimentos conjuntos para fortalecer o posicionamento das duas empresas no mercado internacional.
"Durante esses últimos meses, os profissionais envolvidos na construção da proposta que apresentamos à EDP e ao governo português aperfeiçoaram uma 'expertise' que será muito útil na nossa estrada rumo à internacionalização", completou o executivo.
A empresa não informou quanto ofereceu pela EDP, mas a imprensa portuguesa noticiou que teria sido de cerca de 2,56 bilhões de euros.
A participação na companhia portuguesa será comprada pela chinesa Três Gargantas, que ofereceu a melhor proposta financeira, de 2,69 bilhões de reais pela fatia na EDP, um ágio de 53% em relação ao preço de mercado da companhia.
Com os financiamentos oferecidos pelos bancos chineses, o plano da Três Gargantas para a EDP pode chegar a 8 bilhões de euros.