Presidente das Filipinas declara estado de calamidade

20/12/2011 18:40 - Brasil/Mundo
Por Redação

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, declarou nesta terça-feira estado de calamidade nas províncias do sul do país, afetadas por uma tempestade tropical que deixou 957 mortos. A maior parte das vítimas foi registrada nas cidades de Cagayan de Oro e Iligan, na região de Mindanao.

Segundo um porta-voz de Aquino, o estado de calamidade nacional permitirá ao governo ter acesso a uma quantia maior de recursos para as ações de emergência e reconstrução.
 

Nesta terça-feira, Aquino realizou reuniões com autoridades de Cagayan de Oro e Iligan e disse que a prioridade do governo é retirar moradores de áreas de risco. Além disso, o presidente indicou que o Governo criou um fundo de 1,17 bilhão de pesos (US$ 26,6 milhões) para ajudar os 338.415 afetados nas zonas destruídas pelo temporal.

A Defesa Civil informou que pelo menos 338 mil pessoas em 13 províncias foram afetadas pelo desastre, das quais 43 mil haviam sido removidas para centros de apoio.

Mais de 10 mil casas foram danificadas pelas enchentes causadas pela tempestade tropical Washi, das quais quase um terço ficaram totalmente destruídas. Muitas escolas, estradas e pontes também ficaram seriamente comprometidas.

As autoridades compararam Washi com o tufão Ketsana, um dos mais mortíferos dos últimos anos, que inundou grande parte de Manila em 2009, causando a morte de 464 habitantes

Os especialistas das agências internacionais identificam a favelização como o principal fator do grande número de vítimas que os desastres naturais causam nas Filipinas, evidenciando o mal estado das infraestruturas.

O desmatamento incontrolado também favorece as enchentes e deslizamentos de terra, que são frequentes durante a estação chuvosa que no geral começa em maio e termina em novembro.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou sua solidariedade ao povo das Filipinas em um comunicado divulgado nesta sexta-feira. “Seguindo nossa longa tradição de amizade e cooperação, os EUA estão prontos para ajudar a população e o governo filipinos, se necessário”, afirmou.

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