Uma fecularia com capacidade para beneficiamento de até 10 toneladas de mandioca por hora poderá ser instalada na região Agreste de Alagoas. O interesse é de empresários do Paraná, que estiveram no Estado durante o XIV Congresso Brasileiro da Mandioca, realizado no final de novembro, em Maceió.
O anúncio foi confirmado nesta terça-feira (13), durante reunião da Câmara Setorial Produtiva da Mandioca e seus Derivados, realizada na sede da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).
Na ocasião, eles aproveitaram a permanência em Alagoas para visitar alguns municípios da região Agreste e conhecer a produção da raiz. Segundo Eloísio Lopes Júnior, gerente comercial da Cooperativa Regional de Campo Grande (Cooperagro) e membro da Câmara Setorial da Mandioca, os empresários enviaram um comunicado oficial à entidade demonstrando o interesse.
“Eles disseram que precisam saber onde estão as melhores condições para instalação da unidade e que aceitam as sugestões da Câmara Setorial. Dessa forma, vamos encaminhar a todos os gestores públicos da região esse interesse dos empresários paranaenses, para que eles manifestem as condições de seu município, inclusive a capacidade de produção”, explicou Eloísio Lopes Júnior.
Segundo ele, o beneficiamento da produção de mandioca em Alagoas pode aumentar a renda dos agricultores e gerar mais recursos para o Estado. “Atualmente, estima-se que 60% da produção da raiz são vendidos in natura para Sergipe e Pernambuco, onde são processados. É preciso criar condições para que esse beneficiamento ocorra em Alagoas”, enfatizou o gerente da Cooperagro.
O gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) de Mandioca no Agreste, Nelson Vieira, destacou que Alagoas tem potencial para produzir até 320 mil toneladas de mandioca. “Hoje já são cerca de 26 mil pequenos agricultores na atividade. Essa é uma atividade basicamente formada pela mão-de-obra familiar”, acrescentou.
Durante a reunião, o prefeito de Taquarana, Alay Correia, citou as condições do município, como produção de raiz e capacidade de fornecimento de água, uma vez que a fecularia precisa de bastante água para o funcionamento.
Também participaram do encontro representantes da Seagri, Sescoop/AL, Sebrae/AL, Banco do Nordeste, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e Cooperativa Pindorama.