Uma reunião, ocorrida na tarde desta quinta-feira (08), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), definiu a estratégia de segurança para as eleições suplementares da cidade de Joaquim Gomes. Participaram do encontro o presidente do TRE, Orlando Manso, o delegado João Batista, superintendente em exercício da Polícia Federal, Marcílio Barenco, diretor da Polícia Civil, o juiz eleitoral de Joaquim Gomes, Gilvan Santana, o promotor Sílvio Sampaio, o procurador-eleitoral Rodrigo Tenório e representantes do Exército e da Polícia Rodoviária Federal.

Antes do início da reunião, Manso falou à imprensa sobre a não atuação da Polícia Militar no pleito em Joaquim Gomes. O desembargador afirmou que a PM não trabalhará em conjunto com os demais órgãos de segurança, pois não ele não “confia na corporação”.

“Não confio na Polícia comandada por um fora da lei, uma pessoa desqualificada como é o comandante da Polícia Militar”, disse Manso referindo-se ao coronel Luciano Silva.

O desembargador explicou que a sua “falta de confiança” em Luciano teve origem no não cumprimento de uma decisão judicial por parte do oficial. “Eu fui relator de um processo e o meu voto foi acompanhado por unanimidade. O Coronel até reintegrou o Capitão Rocha Lima aos quadros da corporação, mas passou por cima de uma decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça”, relatou acrescentando que em outra ação, movida pelo Capitão Eugênio, o Coronel Luciano também teria descumprido determinação da Justiça.

Indagado sobre em que estava baseada a sua decisão sobre a não participação da Polícia Militar em Joaquim Gomes, o presidente do TRE foi enfático: “Esse homem não me oferece confiança”.

Manso explicou também que policiais militares poderão atuar de forma ostensiva na cidade, porém não estão autorizados a trabalhar diretamente em ocorrências relacionadas à eleição. “Se qualquer policial desobedecer, ele pode ter 500 mil estrelas no ombro, que vai preso”, avisou.

O procurador eleitoral Rodrigo Tenório explicou à imprensa que a determinação sobre a segurança na eleição deverá ser tomada pelo juiz eleitoral da cidade em conjunto com o promotor. “Não há nada oficial ainda”, disse Tenório sobre as declarações dadas por Manso.

Efetivo

Dados sobre o efetivo de cada órgão que participará das eleições não foram divulgados. João Batista, superintendente em exercício da PF em Alagoas, afirmou que agentes federais estão desde ontem em Joaquim Gomes e somente retornam a Maceió na próxima segunda-feira (12). O delegado contou ainda que a PM está dando apoio aos agentes federais que estão na cidade.

Em relação à participação do Exército, Manso disse que não há garantias da atuação já que é preciso esperar para ver se a solicitação será atendida. “Eles vieram para a reunião, mas temos que saber se na questão da logística terá tempo hábil para o deslocamento do pessoal”, colocou.