O secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, disse que o município não compactua com irregularidades praticadas contra o Bolsa Família ou qualquer programa social de governo do qual seja gestor. Ele esclareceu que, em nome do zelo pela qualidade do programa, e da moralização e transparência que vêm sendo perseguidas pela administração municipal, nenhum outro município tem dado tanta publicidade à lista de beneficiários do Bolsa Família, quanto Maceió.
“Divulgamos em praça pública de diversos bairros, na Igreja, nas Associações, nas escolas e em todos os espaços possíveis, inclusive por meio da nossa unidade móvel”, disse o secretário.
Em relação aos 95 benefícios que foram bloqueados, e que vinham sendo recebidos por servidores do município, conforme divulgou o Ministério Público Federal (MPF), ele acredita tratar-se de pessoas que antes se enquadravam no programa, mas que, por algum ganho salarial, saíram do perfil. E destacou que o próprio município já havia detectado o problema, por meio do cruzamento de folhas, e bloqueado o pagamento das situações irregulares.
Araújo esclarece, no entanto, que o fato de ser servidor público do município, do estado ou do governo federal, não descredencia o cidadão de ser beneficiário do programa, desde que ele se enquadre no perfil de renda. “Se tem um servidor que ganha salário de R$ 840, e com isso sustenta uma família de seis pessoas, sem outra fonte de renda, ele está dentro do perfil, porque quando dividimos essa renda por sete temos um valor per capta de R$ 140, portanto, dentro da cobertura do programa”, diz ele.
Francisco Araújo destaca que o procedimento do município foi reconhecido pelo MPF, que arquivou o processo investigatório, por considerar que não há mais lesão a ser sanada em relação ao programa.