Cinco civis foram mortos nesta segunda-feira (5) por tiros disparados pelas forças de segurança da Síria em Homs (centro), foco da onda contestação contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Quatro civis foram mortos e outros cinco ficaram feridos por tiros disparados em funerais, a partir de uma barreira no bairro de Deir Balaa", indicou o OSDH, com sede em Londres.

Um quinto civil foi morto a tiros por agentes de segurança presentes nas imediações do hospital nacional de Homs, 160 km ao norte de Damasco.

Pelo menos 30 pessoas foram mortas no domingo em Homs, cercada pelas forças de segurança há mais de dois meses.

Nesta segunda, os serviços de segurança prenderam dez estudantes que participavam de uma manifestação contra o regime em Harasta, perto de Damasco.

Na cidade litorânea de Jabla, oito estudantes foram detidos dentro da escola, acusados de insultar o presidente Assad, indicaram o OSDH e os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que monitoram as manifestações no país.

Segundo o OSDH, trinta estudantes originários de Deraa, onde nasceu a contestação, foram detidos e outros 60 também desta região, foram devolvidos da Universidade de Techrine, em Lattaquié (noroeste).

"Esses estudantes foram ameaçados, sofreram pressões e foram maltratados e insultados por seus colegas por seus pertencimentos comunitários e religiosos", denunciou o OSDH.

Apesar das pressões ocidentais e árabes, da repressão sem cessar na Síria, onde 63 pessoas foram mortas no sábado e no domingo pelas forças de segurança e de milícias pró-regime.

Segundo um último registro da ONU, a repressão deixou pelo menos 4.000 mortos desde março no país.