O bombeiro de 42 anos que bateu o caminhão que dirigia em serviço em um poste e em um posto de gasolina na esquina das ruas dos Radialistas e Inácio Luís da Costa, no Parque São Domingos, Zona Oeste de São Paulo, afirmou ter passado mal e não se lembrar do acidente, que aconteceu na noite de domingo (4). A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na manhã desta segunda-feira (5).

À polícia, o bombeiro disse que não ingeriu bebida alcoólica. Porém, vizinhos do posto que conversaram o bombeiro disseram que ele apresentava sinais de embriaguez. A estudante de psicologia Regiane da Silva Santos Queiroz, de 22 anos, e sua família dormiam no momento em que o caminhão colidiu. Ao ouvir o barulho, a família foi até o local do acidente para conversar com o motorista. “Ele tinha nítidos sinais de embriaguez. Todos que conversamos com ele vimos que ele estava cambaleando e estava com a verbalização alterada”, disse.

À reportagem do Bom Dia Brasil, o comerciante Carlos Queiroz, que é pai da estudante, afirmou ter visto latinhas de cerveja dentro do caminhão. “Eu já vi gente bêbada e dirigindo, mas igual a ele era demais. O cabo não mostrava sinal de embriaguez, tanto que recolheu as latinhas, porque viu que eu comecei a olhar o caminhão”, declarou. A estudante disse ter pedido para ver a sacola em que ele guardou as latas, mas ele não permitiu.

De acordo com a SSP, um sargento que trabalha na mesma unidade que o bombeiro voltava de uma ocorrência quando viu o acidente. Ele socorreu o motorista e o passageiro, que tiveram ferimentos leves e os levou para o local de trabalho. Posteriormente, os dois acidentados foram levados ao hospital da Polícia Militar, onde fizeram exames de embriaguez.

Prejuízos
O proprietário do posto de combustíveis atingido, Antonio da Cruz Pinto, calcula que o prejuízo tenha ficado entre R$ 4 mil e R$ 5 mil. “Um portão foi arrancado e quebrou a porta, mas ainda bem que não pegou a bomba de gasolina. Se ele fizesse isso, poderia ter provocado um acidente de grandes proporções, uma explosão”, afirmou.

Já o dono de uma padaria vizinha ao posto, Carlos Leal, de 49 anos, reclamava do prejuízo de cerca de R$ 10 mil, uma vez que o seu estabelecimento ficou sem energia elétrica desde o momento do acidente. “Sem energia não tem pão, não tem nenhum produto. Um gerador com maior potência virou um artigo de primeira necessidade. Acidente por aqui já virou rotina. Não posso mais ficar bravo”, disse. Segundo ele, a Eletropaulo previa a normalização do fornecimento de energia no início da tarde.

De acordo com Leal, os acidentes com caminhões na via são comuns. “O pessoal abusa um pouco”, disse.

O Corpo de Bombeiros afirmou que está averiguando o ocorrido e que deve divulgar uma nota. O caso foi registrado no 33º Distrito Policial, na Vila Mangalot.