A estrutura de um prédio abandonado no bairro de Mangabeiras tem assustado os moradores, que convivem com ameaças constantes de quedas de telhas de alumínio, canos e pedaços do reboco desgastado. A reportagem do CadaMinuto esteve presente no local e pode conferir o péssimo estado de conservação do local.
O prédio, que há anos foi construído para ser uma espécie de escola de tênis, não vingou e passou alguns anos fechado, mas, como era recém construído, não apresentava problemas estruturais, pelo menos na parte de fora.
Tempos depois, foi arrendado por uma escola que atendia do ensino infantil ao ensino médio. No entanto, como fica num local de fácil acesso, mas escondido para quem passa na avenida principal, a Avenida Gustavo Paiva, o colégio também não teve sequência e agora se encontra fechado.
Desde o fechamento da escola o prédio ficou desativado e o único movimento que recebeu foi de jovens que alugavam a um responsável a quadra, para realizar alguns jogos, o que não demorou por muito tempo, uma vez que a estrutura começava a apresentar problemas.
Depois de denúncias de moradores da Mangabeiras, mais precisamente no conjunto Ipaseal, a reportagem do CadaMinuto foi até o local e pode conferir a falta de cuidados com a estrutura, que leva perigo aos moradores.
O teto do prédio é todo revestido de telhas-placas de alumínio, que no estado de desgaste e numa possível queda, se tornam um arma altamente cortante, que poderia levar uma pessoa atingida à óbito.
Uma moradora que preferiu não se identificar, afirmou que duas placas de alumínio, que reforçam o teto, caíram na sua residência. Uma delas, na parte lateral da casa, onde se encontrava o irmão, deficiente visual, que por pouco não foi atingido.
A reportagem conferiu que a ligação elétrica do local é clandestina. Além disso, o contador de energia do prédio está aberto a qualquer pessoa, uma vez que a entrada do local é aberta ao público.
Canos improvisados que fazem o papel de calhas estão pendurados e ameaçam cair a todo momento e o perigo é iminente, já que o prédio é cercado por várias casas e uma concessionária conhecida no Estado de Alagoas.
Há alguns meses a Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) lacrou o antigo estabelecimento, mas, nenhuma medida foi tomada e o prédio continua representando grande perigo para a população do conjunto.
A reportagem do CadaMinuto tentou entrar em contato com o proprietário do local, mas não obteve sucesso. O número de telefone pintado na fachada do prédio, mostrando “Vende-Aluga”, mostra um número incompleto.
No entanto, foi possível descobrir que um vigilante contratado não pelo proprietário, e sim por um corretor de imóveis, permanece no local em horários alternados, mas não foi possível encontrá-lo no local.
O valor do imóvel gira a casa dos R$ 700 mil. No entanto, ninguém teria se interessado a comprar por esse preço.