O governador Teotonio Vilela Filho assinou, na noite desta quinta-feira (1o), durante a abertura da 42ª Reunião do Colégio dos Secretários de Segurança Pública (Conses), o termo de adesão ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad). O convênio entre os governos federal e estadual, firmado em solenidade no Museu Palácio Floriano Peixoto, prevê que recursos de apreensões de bens e valores do narcotráfico sejam destinados a políticas antidrogas no País.
Também assinaram o documento – que assegura o compromisso de alocar verbas para ações realizadas na área, como prevenção e tratamento de usuários – a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte; o secretário de Estado da Defesa Social, Dário César; o desembargador-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Sebastião Costa Filho, e o procurador-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Eduardo Tavares.
Logo após a adesão ao termo, o governador Teotonio Vilela Filho lembrou a importância desse momento. “A segurança pública é uma preocupação de cada estado, de cada país do mundo, e tem sido nossa prioridade. Alagoas tem encantos especiais, mas é um Estado pobre e muito populoso, tem a terceira maior densidade demográfica do País. Essas pessoas necessitam do Estado para tudo e cada centavo precisa ser aplicado com muito cuidado”, destacou.
Ele ressaltou ainda os investimentos já realizados. “Encontrei o Estado com 40 viaturas e, hoje, são 400. Ainda é pouco, mas já está melhorando, assim como as armas e os equipamentos. Temos um trabalho em conjunto com a Justiça, com a 17a vara e com o MPE e uma articulação entre as polícias que fez com que os sequestros caíssem a quase zero, assim como os assaltos a bancos e os crimes de mando”, disse o chefe do Executivo.
As ações pacificadoras encabeçadas por Alagoas também foram lembradas por Teotonio Vilela. “Nossa população ainda é pobre e fica vulnerável às drogas e ao crime. Existe a necessidade de um combate permanente e estamos vendo como agir por outra vertente que não a polícia. Por isso, criamos a Sepaz, que está levando a cultura da paz às escolas, às crianças, além de outras ações, como as comunidades acolhedoras”, observou.
No Estado para a assinatura do termo, a secretária nacional de Políticas sobre Drogas também ressalvou o trabalho desenvolvido pelo governo alagoano. “Alagoas é um dos poucos estados do Brasil que, corajosamente, vem investindo no combate às drogas. E investindo de maneira racional e pragmática, como deve ser. Alagoas saiu na frente de maneira inovadora, com ações singelas, mas significativas”, afirmou Paulina Duarte.
Ela também destacou as parcerias já realizadas e adiantou que outras ainda estão por vir. “Já levei ao conhecimento da presidenta Dilma o projeto desenvolvido em Alagoas, que tem um acolhimento aos usuários diferenciado, com cidadania. Alagoas será um dos nossos parceiros preferenciais”, adiantou Paulina, acrescentando que, nos próximos dias, o governo federal deve divulgar mais investimentos e novas ações de enfrentamento ao narcotráfico.
Participaram da abertura do evento ainda o presidente do Consesp, Wantuir Francisco Jacini; os secretários de Estado da Paz, Jardel Aderico, e do Gabinete Civil, Álvaro Machado; e o secretário adjunto da Defesa Social, José Edson, além de diversas autoridades da área de segurança pública. Gestores de todos os estados – com exceção de Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina – também estiveram presentes.
Consesp
O Consesp prossegue nesta sexta-feira (2), no Hotel Maceió Atlantic. Um dos palestrantes será o secretário de Defesa Social de Alagoas, com o tema Plano de Controle da Criminalidade. Além de Dário César, o evento também terá a explanação do secretario adjunto da Segurança do Distrito Federal, Suamy Santana, que vai falar sobre o posto militar de segurança fixo.
A 42ª será a quarta reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança este ano. Criado em 2003, o grupo surgiu da necessidade de um fórum permanente onde cada estado pudesse apontar sugestões, projetos e ideias para a área. O objetivo é ganhar força no acompanhamento e na avaliação da política das ações de segurança pública frente ao governo federal.