As recentes mortes de moradores de rua em Maceió foram temas de discussão na sexta edição do Parlamento na Praça que foi realizado pela Câmara de Maceió na Praça Central do Conjunto Dênisson Menezes, no complexo do Benedito Bentes na manhã desta segunda-feira (28).
O vereador por Maceió, Paulo Corintho (PDT), levou o tema ao debate e cobrou uma postura mais contundente do Estado. “Até o mês de novembro mais de 25 moradores de ruas foram assassinados apenas em Maceió. Não importa se eles peregrinam na Ponta Verde, Pajuçara, Benedito Bentes, Santa Amélia ou outros bairros. Eles estão sendo vítimas do esquecimento das autoridades", colocou.
O pedetista disse ainda, em seu discurso, que o principal combustível para o crescente índice de assassinatos é a impunidade que a sociedade presencia. “Apesar dos números alarmantes quantos autores foram presos? Será que não há interesse da Polícia Civil em apurar os assassinatos? Eles são pessoas que foram abandonadas por familiares e amigos, mas o Estado não pode se dá o direito de abandoná-los”, frisou.
Corintho lembrou também que em determinado período do ano a polícia registrou diversas execuções e o trabalho de ONG’s, igrejas e da sociedade organizada congelou os índices. “Se observa, infelizmente, que o crime contra os moradores de rua se tornou sazonal. Faz por bem que a polícia investigue os autores. O esquecimento dos casos é inaceitável”, cobrou.
Ainda segundo o vereador, se não for realizado um trabalho conjunto entre Polícias civil, militar, prefeitura de Maceió e o Governo de Alagoas, a tendência é que os números continuem crescendo. “No último sábado a polícia registrou mais uma morte, e assim vai acontecendo. Ninguém reclama o corpo e o crime entra na taxa de homicídios do Estado. O banho de sangue tem que parar”, pontuou.