Incidentes como o que foi registrado no último dia 20, na praia do Francês, no qual uma adolescente de 14 anos, que veio com uma excursão de Pernambuco, morreu afogada, não são comuns no local, que há quase quatro anos não registrava afogamentos com vítimas fatais, segundo o Corpo de Bombeiros (CB).
“O Corpo de Bombeiros oferece dois cursos de treinamento, que estão entre os melhores do Brasil. O curso de salvamento aquático é semelhante ao que existe no Rio de Janeiro, que está entre os melhores do mundo, além do curso para casos especiais, denominado de Águia”, disse o coronel Paulo Marques.
De acordo com a coordenadora do Subgrupamento de Salvamento Aquático (SGSA) da praia do Francês, aspirante Thyara, aproximadamente seis bombeiros são responsáveis por evitar afogamentos na praia. Ela afirmou que muitas pessoas se confiam no fato de saberem nadar e se arriscam, desobedecendo até as placas de alerta do CB.
“A maioria dos casos de afogamento acontece com turistas, que não conhecem o mar daquela praia. Existe uma parte mais perigosa, onde não há corais e as correntes puxam os banhistas. Os afogamentos acontecem por desobediência às recomendações dos salva-vidas”, ressaltou.
Ela explicou que os casos de afogamento são registrados principalmente entre pessoas do sexo masculino, com idade entre 19 e 30 anos.
“Os homens são mais ousados para entrar no mar. Mas, essa menina estava em um lugar distante e os salva-vidas só foram acionados um tempo depois, quando os demais turistas não conseguiram achar o corpo”, informou.
A aspirante Thyara fez algumas recomendações para evitar afogamentos e outros acidentes na praia do Francês, lembrando que um dos maiores problemas é a grande quantidade de crianças perdidas, que seriam potenciais afogados.
“É uma praia muito movimentada, o trabalho é intenso, cansativo, mas damos conta. Nos feriados reforçamos a quantidade de salva-vidas. Quem não conhece o mar não deve se arriscar. É preciso ficar em lugares mais calmos, onde há arrecifes de corais”, lembrou.