A polêmica envolvendo a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o secretário de Educação, Adriano Soares, repercutiu entre os deputados estaduais, na tarde desta quinta-feira (24), durante sessão da Assembleia Legislativa. Soares declarou que a PGE era omissa e irresponsável pelo paracer contrário a reformas em escolas da rede estadual de ensino.

“Parece coisa de menino buchudo essa história entre o Governo e a PGE. É impressionante como o próprio secretário critica o governo do qual faz parte”, disparou Ronaldo Medeiros (PT). O petista completou dizendo que esta “arenga” tem que acabar para o “bem do estado”. Medeiros questionou também a informação de que a Secretaria de Educação teria pago por obras nas unidades de ensino mesmo antes de a PGE autorizar a realização dos trabalhos.

Gilvan Barros (PSDB) saiu em defesa de Soares garantindo que o secretário é um dos mais preparados do governo. “Ele é ético e responsável, respeitado não apenas aqui no estado, mas por todo o Brasil”.

O líder do governo na Assembleia , Edval Gaia Filho (PSDB) afirmou que a oposição cobrou urgência na reforma das escolas, mas agora “reclama” da postura adotada por Soares. “A PGE ficou protelando, mas o governo não pode ficar olhando. A atitude Adriano Soares foi acertada e eu o parabenizo”, colocou.

Já Olavo Calheiros (PMDB) teceu duras ao governo. Ele afirmou que o que deve ser discutido não é a competência de Adriano Soares, mas o fato de ele compor uma equipe que burla a lei. “Nesse estado tudo é desviado, o governo cria factóides. Se o governo já estava sem gosto e sem brilho, agora começa a cheirar mal”, finalizou o deputado.