Ator Hugh Grant presta depoimento em caso de escutas ilegais

21/11/2011 20:00 - Brasil/Mundo
Por Redação

O ator Hugh Grant, 51, disse acreditar que seu telefone foi grampeado pelo tabloide britânico "Mail on Sunday", durante depoimento nesta segunda-feira ao Tribunal Superior de Londres. Ele depôs contra extinto o tabloide inglês "News of the World" no caso dos grampos telefônicos ilegais.

Esta é a primeira vez que Grant envolve um jornal que não pertence ao conglomerado de mídia de propriedade de Rupert Murdoch.

O ator afirmou que as informações que constam de uma reportagem de 2007 sobre sua vida amorosa só poderiam ter sido obtidas por meio de escutas telefônicas ilegais em sua caixa de mensagens.

Grant é uma das celebridades vítimas das escutas ilegais praticadas pelo tabloide para obter informações exclusivas. A prática se tornou um novo escândalo depois da revelação de que vítimas de crimes e familiares de soldados mortos em guerra também teriam sido alvos das escutas.

INVESTIGAÇÃO

O juiz britânico Lord Leveson iniciou na segunda-feira passada (14) a investigação sobre o caso das escutas ilegais do extinto tabloide dominical "News of the World".

O magistrado deverá avaliar "a cultura, a prática e a ética da imprensa" após o escândalo dos grampos de telefones celulares de ricos e famosos efetuados pelo jornal britânico extinto.

Durante a investigação, cuja duração está estimada em 12 meses, Leveson pedirá a várias vítimas da espionagem jornalística que prestem depoimento no Royal Court of Justice, edifício onde funciona o Tribunal Superior de Londres.

Além disso, o juiz deverá considerar se o sistema de autorregulações da imprensa britânica apresenta bons resultados.

Assim que for concluída esta primeira parte da apuração sobre ética jornalística, o juiz terá que avaliar a conduta da imprensa, após esperar a conclusão da investigação policial sobre os grampos ilegais do "News of the World".

Segundo o juiz, a imprensa atua como "guarda" de "todos os aspectos da vida pública", mas ele disse que a apuração de que está encarregado deve tentar responder às dúvidas sobre quem deve vigiar os meios de comunicação.

O magistrado estimulou os diretores dos jornais e revistas a se reunirem e estudarem os assuntos que serão abordados nesta investigação para que apresentem a ele algumas propostas sobre a melhor maneira de regular a imprensa do Reino Unido.

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