Criação de empregos formais no Paraná sobe 0,46% em outubro

19/11/2011 05:20 - Brasil/Mundo
Por Redação

A criação de empregos formais no Paraná cresceu 0,49% em outubro, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Embora positivo, o índice do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é menor do que o registrado no mesmo período de 2010. No ano passado, houve a criação de quase 15 mil empregos, contra pouco mais de 11,5 mil em 2011.

Para o coordenador do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Paraná, Marcelo Melek, os números já eram esperados pelo mercado. “Não é possível dizer que há uma retração da atividade econômica no estado, pois os números do ano passado é que foram acima do normal para o período”, diz.

No acumulado de 2011, já foram criados mais de 151 mil postos de trabalho com carteira assinada no Paraná. O número também é menor que de janeiro a outubro do ano anterior, quando foram criados 164 mil empregos formais no estado.

Melek explica que isso aconteceu porque no ano passado as contratações aconteceram para que fosse possível aumentar a produção e, com isso, reter os efeitos da crise mundial. “A tendência é que esses números se estabilizem da forma como estão hoje e sofram poucas variações ao longo dos próximos meses”, avalia.

Região Metropolitana
A Região Metropolitana de Curitiba seguiu o panorama observado no estado e também houve queda na criação de empregos, que se repete ao longo do ano. Até outubro, foram criados cerca de 57 mil empregos formais, contra 67,5 mil em 2010.

Embora haja uma redução significativa, o estado ainda está melhor do que a média nacional. Para Melek isso tem a ver com o fato de a maior parte da atividade econômica paranaense ser voltada à produção alimentícia. “A indústria alimentícia costuma ser a última a sentir os efeitos das crises econômicas”, diz. Segundo ele, isso faz com que a economia estadual seja “blindada” e o estado consiga crescer, enquanto o resto do país reduz o ritmo de atividade.

“Hora de cautela”
O coordenador da Fiep acredita que as indústrias não devem diminuir o ritmo de investimento para os próximos meses. De acordo com ele, não há motivos para se reduzir a atividade econômica, apesar das crises que influenciam a volatilidade dos mercados. “As indústrias deverão manter o mesmo nível de investimentos”, diz Melek.

Contudo, ele alerta que não este não é o momento ideal para se fazer grandes investimentos que não foram programados antecipadamente. “Neste momento, as indústrias pensam em cautela na hora de investir”, avalia. Segundo ele, se o quadro econômico mundial continuar em recessão, o Paraná poderá ser afetado.

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