Governo é capacitado para economizar energia em prédios públicos

18/11/2011 08:33 - Negócios
Por Redação

Mais de 60 técnicos alagoanos e de outros estados participaram de treinamento denominado “Economizando Energia Elétrica no Poder Público”, que teve início na quinta-feira (17) com o objetivo de abordar alternativas viáveis de eficiência energética no setor público.

“Trata-se de mais uma ação do Governo do Estado para minimizar os danos causados pela atual cultura do desperdício e construir alternativas direcionadas à eficiência energética no setor público e na sociedade”, afirma o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes. O encontro teve a duração de dois dias e foi realizado na Seplande, em Jaraguá.

A capacitação foi promovida pela Eletrobrás, através do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e a Seplande.

Para o secretário Luiz Otavio Gomes, o treinamento irá possibilitar que o Estado possa assimilar e aplicar técnicas inovadoras de eficiência no setor. “Vale destacar que o governo tem trabalhado em sinergia com a Eletrobrás. Através do Conselho Estadual da Política Energética (Cepe), também discutimos com a academia, Governo e setor produtivo soluções e melhorias para Alagoas”, complementou.

O curso chama a atenção para os aspectos relacionados ao uso inapropriado de energia nos órgãos públicos e possíveis financiamentos de projetos destinados à eficiência do sistema energético local.

“Este é o primeiro projeto da Seplande realizado em parceria com a Eletrobrás. Ainda faremos um diagnóstico de prédios públicos em Alagoas e iremos analisar como se economizar energia nos mesmos, para que depois possamos aplicar as técnicas adequadas”, afirmou o secretário adjunto de Energia e Recursos Minerais da Seplande, Jackson Pacheco.

Segundo dados do Procel, em 2001, o consumo de energia elétrica do Poder Público foi estimado em 2,9% de toda a energia consumida no Brasil, onde 46% do uso estão concentrados nos prédios públicos federais, 24% nos estaduais e 31% nos municipais.

Ainda de acordo com o estudo sobre o consumo de energia em órgãos públicos, desenvolvido pelo Procel, a maior parte desse gasto é atribuída ao aparelho de ar condicionado (48%), seguido da iluminação (24%), equipamentos de escritório (15%) e elevadores e bombas (13%). O potencial de economia do recurso nos prédios públicos é de 15% a 20% da potência instalada.

“A ideia é que os recursos provenientes da redução das despesas com energia no poder público sejam revertidos para os setores de educação, saúde e outros igualmente importantes, a partir de ações de conservação de energia e eficiência energética”, destacou a facilitadora Clara Ramalho, no momento de abertura da capacitação.

Para o coordenador do curso, professor titular do Departamento de Engenharia da PUC e vice-presidente de Tecnologia da Informação do Clube de Regatas Flamengo, Reinaldo Castro Souza, a utilização correta de energia elétrica não é mais uma questão de escolha, mas de necessidade. “A mudança de hábito é essencial para o equilíbrio do planeta, de forma que é possível evitar a construção de mais hidrelétricas, por exemplo, causadoras de grandes impactos ambientais”, afirma.

Para a obtenção de êxito nas políticas de eficiência energética nos prédios públicos não basta deter-se apenas à conta de luz. “É fundamental o conhecimento das instalações e unidades consumidoras de energia, para depois controlar os custos de cada uma e conscientizar a sociedade para o equilíbrio com o meio ambiente”, alerta Albino Morais, facilitador do curso.

Papel do Estado – O diretor de Recursos Energéticos da Seplande, José Mateus Filho, enfatizou as principais atividades da Secretaria de Estado Adjunta de Energia e Recursos Minerais. O principal objetivo da área é coordenar a política de planejamento do estado, bem como desenvolver, formular e ajustar a execução dos planos direcionados à energia.

“Dentre as principais atividades desempenhadas pela equipe, está a elaboração do balanço energético, com a eficiência energética em pequenas e médias empresas e em prédios públicos, desenvolvimento de projetos de incentivo a produção de mamona e girassol para a produção de biodiesel, de coleta de óleo de cozinha e construção de mapa das potencialidades minerais do estado”, pontuou José Mateus.

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