Google anuncia loja de músicas oito anos depois de lançamento da Apple

17/11/2011 05:28 - Internet
Por Redação
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O Google anunciou o lançamento da sua loja própria de músicas em um evento nesta quarta-feira (16). O serviço funcionará apenas nos Estados Unidos e dentro do Android Market, a loja para dispositivos com o sistema Android, e do Google Music. O lançamento é semelhante à iTunes Store, lançada em 2003 pela Apple.

A Google Music é um serviço gratuito que permite que o usuário armazene suas músicas e possa ouví-las no navegador ou em outros aparelhos --a versão de testes da ferramenta foi anunciada em maio.

A partir desta quarta-feira, o Google Music (music.google.com) trará a opção de compra de música, informa a empresa. As compras feitas no Android Market, nos smartphones e tablets, serão integradas ao serviço e poderão ser ouvidas também no navegador.

A gigante das buscas fez acordos para vender músicas com gravadoras independentes e tem contrato com três grandes gravadores norte-americanas: a Universal Music, a Sony Music Entertainment e a EMI. O Google e a Warner Music ainda não chegaram a um acordo, mas já estão em fases iniciais de negociação, segundo a Reuters.

“Durante o período de testes do Google Music, aprendemos muito sobre os hábitos do consumidor. Tivemos, em média, 2h30 de streaming de músicas a partir do serviço”, disse Jaime Rosenberg, diretor de conteúdo digital para Android, durante o lançamento do Google Music. Rosenberg anunciou que já são 200 milhões de aparelhos funcionando com Android em todo o mundo.

Rosenberg também afirmou que é possível armazenar 20 mil faixas no Google Music, de graça. “Nós não achamos que você tem que pagar pelas músicas que já tem”, disse. Segundo o Google, o Google Music está disponível apenas nos Estados Unidos.

Loja
O Google afirma ter formatado sua loja para que o usuário seja levado a descobrir músicas que lhe interessem. A empresa também afirmou que todos os dias haverá uma faixa gratuita disponível aos consumidores.

Uma novidade do serviço é que o usuário poderá compartilhar a música comprada com seus amigos, que terão direito de ouvir a faixa completa uma vez --a loja é totalmente integrada com o Google+, a rede social da empresa.

A gigante das buscas também investiu em títulos exclusivos. A empresa anunciou, por exemplo, que oferecerá shows nunca antes lançados dos Rolling Stones e faixas exclusivas de Shakira e Coldplay.

Outro diferencial da Google Music é o Artist Hub, uma espécie de central que permite que os artistas vendam suas músicas diretamente para seus fãs. Com a ferramenta, as bandas ficaram com 70% dos lucros das faixas e álbuns vendidos na Google Music.

Para poder vender suas faixas na loja, os artistas terão que pagar U$ 25 por um cadastro inicial. Os preços das faixas e os detalhes dos álbuns também ficam sob o controle de seus autores.

Durante o lançamento do Google Music, a empresa também anunciou que está trabalhando com o YouTube para que os fãs possam comprar as músicas diretamente dos vídeos dos artistas no site.

Análise
De acordo com a Reuters, os parceiros do Google na criação da loja classificam o serviço como “não empolgante” antes de seu lançamento. Os executivos disseram que estavam esperando um serviço inovador e completamente baseado no armazenamento das músicas na nuvem --na loja anúnciada, o usuário pode baixar suas músicas e ouví-las por streaming a partir da nuvem.

Com a iniciativa, o Google se aproxima de concorrentes com a Apple, a Amazon e o Facebook, que já lançaram uma variedade de funções ligadas à música para os serviços que prestam.

Analistas revelam que é improvável que a loja de músicas traga grandes mudanças nos lucros do Google, mas a iniciativa é fundamental para garantir os esforços da empresa no mercado mobile, com o Android.

Sem o serviço de música, os smartphones que funcionam com Android, por exemplo, poderiam não ser tão atrativos aos consumidores quanto aparelhos que oferecem uma experiência de mídia superior.

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