A presidência do Tribunal Regional do Trabalho ordenou que os seguranças do órgão proibissem a utilização da energia elétrica do órgão para ligação dos cabos dos microfones do carro de som do movimento grevista. A atitude foi vista como forma de retaliação à greve deflagrada pelos servidores do Judiciário Federal, desde o dia 25 de outubro, pela revisão do Plano de Cargos e Salários da categoria.
De acordo com Paulo Falcão, coordenador Jurídico do Sindjus, essa é mais uma tentativa de calar a voz dos servidores. “Mas a Administração não vai conseguir fazer isso. Podem cortar dos cabos de energia que ligam os microfones, mas não vão conseguir nos calar” - desabafou.
Outros manifestantes também repudiaram a maneira agressiva da presidente em querer punir de todas as formas, os servidores que paralisaram os serviços por conta da greve.
Na ocasião, o coordenador Geral Marcos Robson afirmou que “o mesmo de direito de greve é o mesmo de trabalhar, e dessa forma, todos os servidores estão dentro da legitimidade de poder fazer à greve em luta dos direitos trabalhistas”.
Marcos Robson ainda parabenizou os colegas que estão no movimento, pela força e empenho em se fazerem presentes nos atos promovidos pelo Sindjus, dando provas de como a cada dia o movimento de greve se fortalece, mesmo sofrendo retaliações.
Os servidores mantêm a concentração da greve em frente ao prédio das Varas Trabalhistas, a partir das 8 horas. A categoria aguarda o deferimento do pedido de audiência com a presidente do TRT, desembargadora Vanda Lustosa, sobre a Portaria 1288/2011 que trata dos serviços essenciais do Tribunal.