Transferido do Hospital Maternidade Santo Antônio, Daniel, RN de Josilene Fernandes da Silva, foi admitido no dia 05 de outubro, pela equipe médica da UTI Neonatal do Hospital do Açúcar com diagnóstico de cardiopatia congênita gravíssima (estenose e coarctação da artéria aorta e hipoplasia de ventrículo esquerdo), cujo prognóstico, mesmo após realização de cirurgia, é muito reservado, mesmo nos melhores Centros de Referência mundiais, segundo a literatura científica vigente, descrito mortalidade de até 80% dos casos.

“Durante os 32 dias em que esteve internado aguardando as condições necessárias para tratamento fora de domicílio, o paciente foi conduzido da melhor forma possível pela equipe médica, com a utilização de técnicas e medicações necessárias para condução do caso: antibióticos, ventilação mecânica, monitorização contínua, hemoderivados e uso de aminas vasoativas para tentar melhorar a função cardíaca, mas, devido a extrema gravidade clínica do menor, pela própria patologia de base, não havia condições seguras para a realização do transporte, contudo, o paciente evoluiu com piora progressiva, indo a óbito em 06/11/2011”, explica Dra. Magna Régia Duarte Pereira, coordenadora clínica da UTI.

Mesmo contando com o serviço de transporte aéreo dos pacientes em parceria com a SESAU, desde sua inauguração, sendo realizado desde então o transporte de cerca de 10 pacientes para Centros de Referência, todos em condições clínicas seguras para tal procedimento, o que se faz imprescindível frente aos riscos de morte durante o transporte, a equipe médica não teve condições de autorizar o transporte do Daniel, que aguardava a estabilização do quadro com as medidas acima descritas.

Inaugurada em junho de 2009, a UTI pediátrica e neonatal do Hospital do Açúcar é referência no Estado, prestando assistência de qualidade a pacientes críticos admitidos de todas maternidades e hospitais, públicos e particulares. Além de contar com corpo clínico composto de 14 pediatras em regime de plantão de 24 horas, mais dois médicos diaristas, conforme preconiza a RDC nº 07 da ANVISA, dispõe das mais modernas instalações de estrutura física e de equipamentos do Estado, uma taxa de ocupação de mais de 80%, tendo uma mortalidade compatível com os índices comparativos entre as UTIS de complexidade semelhante do país.