Os formadores de opinião e o "tiroteio" no escuro

09/11/2011 04:53 - Geral
Por Redação

 

O formador de opinião é, em regra, alguém que desenvolve atividades profissionais, empresariais e intelectuais de conhecimento direto ou indireto de uma comunidade ampla ou restrita.

É alguém que, pela notoriedade e através de suas manifestações, seja através de palavras, atitudes, desempenho, pensamentos e opiniões tem a capacidade de influenciar, pela reflexão, e até de modificar a opinião de outras pessoas nos campos político, social, moral, cultural, econômico, esportivo, alimentar, etc.

Um político popular, um advogado destacado, um apresentador de TV famoso, um colunista ou blogueiro de jornais, revistas ou portais conhecidos, um arquiteto renomado, um compositor de sucesso, um nadador ganhador de medalha de ouro nas Olimpíadas, um campeão mundial de Fórmula 1, e todas as pessoas que de alguma forma conseguiram destaque na sociedade, podem alterar a opinião e a conduta das pessoas nos mais diversos assuntos, por isso são chamados de "formadores de opinião".

É certo, contudo, que ninguém tem a obrigação de concordar com o pensamento dessas pessoas, afinal, opinião é uma coisa que toda pessoa tem, embora nem sempre ou quase nunca a manifeste.

Muitas pessoas inclusive, nunca emitem opinião sobre determinados assuntos, mas contestam sempre a opinião alheia. Já outros, emitem opinião como se fosse uma verdade absoluta, desprezando o pensamento alheio.

No texto anterior que publicamos  aqui no blog, e  baseados nos fatos, imagens e retrospecto de ações policiais, fiz minha análise e emiti minha opinião sobre o fatídico episódio que vitimou fatalmente um profissional (repórter-cinegrafista) da Rede Bandeirantes de Televisão, onde, sob o título “Quem matou o cinegrafista da BAND no Rio foi a polícia”, manifestei de forma muito clara e objetiva minha opinião sobre o episódio, cujo desfecho atribuo não apenas ao fato em si, mas a um retrospecto de deficiência na segurança pública instalado no país inteiro.

Muito mais que manifestar um pensamento, o formador de opinião tem a responsabilidade de respaldá-lo, seja através de seus conhecimentos específicos, seja através de uma análise sócio-política, ou do conjunto da obra, com a finalidade de fazer com que ouvintes, telespectadores e leitores, pelo menos reflitam sobre o que foi dito e escrito e tirarem suas próprias conclusões.

O texto que publiquei com minha opinião registrou e continua registrando considerável número de acessos, e, como não poderia deixar de ser, reações contrárias ao meu pensamento, já que trata-se de um assunto de relevante importância e, portanto, extremamente polêmico, o que é perfeitamente normal, já que a liberdade de expressão e a manifestação do pensamento, além de ser um direito natural é uma garantia assinalada em cláusula pétrea da nossa constituição.

O que não é normal, e, portanto, intolerável é a forma odiosa, desafeta e desrespeitosa como algumas pessoas discordam. Foram inúmeros comentários que, nem de longe, representam um pensamento ideológico, mas apenas um desejo de agredir, ainda que de forma anônima, sem rosto, sem nome e sem personalidade, através de ofensas e palavras de baixo calão, impublicáveis.

Algumas dessas manifestações, conseguimos identificar claramente tratar-se de pessoas (policiais, inclusive do RJ) alcançados pela crítica, e, entre eles, alguns infiltrados que, na verdade se aproveitam da ocasião, do espaço livre, e, especialmente, do anonimato, para expressarem algum tipo de desafeição que nutrem pelo blogueiro.

É claro que não tivemos apenas ataques. Muitos foram os que, de forma respeitosa, emitiram comentários concordando ou, no mínimo, expressando um pensamento diferente, aos quais agradeço e parabenizo.

Ao contrário dos tiroteios que acontecem em plena luz do dia, no meio dos quais vivem policiais, profissionais de imprensa e bandidos, os profissionais da comunicação, incluindo os blogueiros enfrentam um terrível bombardeio no escuro, atacados de forma covarde e injusta, muitas vezes em sua própria honra por inimigos desconhecidos, mascarados por nomes, apelidos e e-mails falsos.

Mas, nessa “guerra”, continuo firme, no front, sem possibilidade de recuo. Minha “arma” é o conhecimento, a informação e a determinação inabalável de continuar me manifestando sobre temas da área de minha militância, mas também, relacionados com a gestão pública e com a cidadania, e isso durará até enquanto eu tiver a capacidade de raciocinar, de pensar e enquanto houver espaço disponível com este do blog e do portal CADAMINUTO.

Convido, então, aos que discordam para um debate saudável, mas de cara limpa, com argumentos e não ofensas. E quanto aos comentários desrespeitosos, que não oferecem nenhuma contribuição para o debate ideológico, continuarei descartando-os para a lixeira.

 

Até o próximo debate (ou embate?)

 

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