As ações conduzidas pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) estão fortalecendo a produção agrícola nas comunidades quilombolas e promovendo a geração de renda para as famílias do campo. A constatação é do secretário Jorge Dantas, que enfatizou as principais atividades apoiadas em diversas comunidades do Estado.

 

“Por determinação do governador Teotonio Vilela, a Seagri apoia a vocação de cada região, de cada comunidade. Uma delas é a pecuária leiteira, muito comum no Médio Sertão”, enfatizou o secretário. Uma das comunidades quilombolas atendidas pelo Programa Alagoas Mais Leite é Cajá dos Negros, na zona rural de Batalha, onde os criadores já foram capacitados em inseminação artificial e em ordenha manual higiênica.

 

“A associação de agricultores dessa comunidade já recebeu, por meio de uma permissão de uso, um tanque de resfriamento de leite de uso coletivo, um botijão de nitrogênio para inseminação artificial, que possui doses de sêmen de touros de alto valor genético, e máquinas forrageiras, usadas no preparo do alimento do gado”, lembrou o secretário.

 

Segundo o gerente de Programas Especiais da Seagri, Marcelo Maiolo, outras comunidades quilombolas já foram beneficiadas pelo mesmo programa que fomenta a pecuária leiteira. São elas: Paus Pretos, em Monteirópolis, Povoado Baixas, em Jacaré dos Homens e Tabuleiro dos Negros, em Penedo.

 

“Também já fizemos uma articulação com a Coordenação Estadual dos Quilombos e os técnicos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco para implantar o projeto Luz Para Todos e verificar a necessidade de aumento da capacidade energética dessas mesmas comunidades”, enfatizou o gerente Marcelo Maiolo. De acordo com ele, a Gerência também orienta as comunidades na solicitação de sementes à Seagri e na logística de transporte desse produto. Os principais tipos de sementes repassados às comunidades quilombolas são de milho e feijão.

 

“Outra ação que nós realizamos foi a distribuição de alevinos em açudes de algumas dessas e de outras comunidades quilombolas. O peixe é fonte de alimento, rico em proteína, e em alguns casos é até fonte de renda para o agricultor”, ressaltou Marcelo Maiolo.

Articulação

Ainda segundo o gerente de Programas Especiais, a Seagri tem feito um trabalho de articulação com outros órgãos do poder estadual, municipal e federal para atender a demandas das comunidades quilombolas em outras áreas, como saúde, educação, cidadania, certificação oficial, mobilização e assistência social.

 

Marcelo Maiolo explicou também que a Gerência de Programas Especiais da Seagri acompanhou algumas comunidades quilombolas na aquisição de terra por meio do Programa de Crédito Fundiário. “Este processo está ocorrendo na zona rural dos municípios de Batalha, nos arredores de Cajá dos Negros, de Olho D’Água das Flores, na comunidade Gameleira, e em Santa Luzia do Norte, na comunidade Quilombo”, citou o gerente.

 

“Para promover a diversificação produtiva, a Gerência também incentiva algumas comunidades no plantio de palma, que é usada na alimentação do gado, e de mandioca, que é usada na alimentação humana e cuja parte aérea serve para produção de alimento para os animais. Com apoio de outras entidades, conduzimos um trabalho de reflorestamento e educação ambiental para os quilombolas”, finalizou Marcelo Maiolo.