Deputado do PDT, partido de Lupi, defende afastamento do ministro

08/11/2011 11:55 - Política
Por Redação

O deputado federal Reguffe (PDT-DF) defendeu, nesta terça-feira, o afastamento do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), das atividades da pasta para apuração das denúncias veiculadas pela revista Veja. Segundo a publicação, funcionários do ministério estariam envolvidos em suposto esquema de cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) conveniadas com à pasta.

"Essa é uma decisão dele, eu vou participar da reunião, mas eu penso que seria sensato ele agir assim (se afastar)", afirmou o deputado, que está em reunião com outros parlamentares do partido e Lupi, na sede do PDT, em Brasília. Na manhã de hoje, parlamentares do PDT ingressaram com uma representação na Procuradoria-Geral da República para que o procurador-geral, Roberto Gurgel, investigue a possível participação do ministro no suposto esquema.

"As denúncias são graves e precisam ser investigadas. Não há nada de anormal em pedir uma investigação de denúncias que são graves. Eu, o deputado Miro Teixeira (RJ) e o senador Pedro Taques (MT) assinamos a representação ao Ministério Público solicitando que o PGR requisite a instauração de um inquérito policial para que se investigue absolutamente tudo que envolva este escândalo, doa a quem doer", afirmou Reguffe.

Nesta terça, Lupi designou três servidores do ministério para concluir a apuração em 30 dias. Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República já havia pedido informações ao ministro.

Assim que as denúncias foram divulgadas, Lupi afastou preventivamente o assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, acusado de ser o operador do suposto esquema de cobrança de propina das ONGs que tinham contrato com a pasta.

Entenda o caso
De acordo com a reportagem, o esquema seria comandado por dirigentes do PDT, supostamente liderados pelo ministro Carlos Lupi. À reportagem da revista, representantes das ONGs disseram que as organizações contratadas pelo ministério tinham o repasse de recursos bloqueados após enfrentar problemas com a fiscalização da pasta. Assessores do ministro então procuravam os dirigentes das entidades para resolver o problema, e cobravam propinas que variavam entre 5% e 15%.
 

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..