RJ: morte de cinegrafista não 'surpreende' sindicato dos jornalistas

07/11/2011 12:50 - Brasil/Mundo
Por Redação

Para o diretor do Sindicato dos Jornalistas no Rio de Janeiro, Rogério Marques, a morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, no domingo não espanta devido a situação de insegurança na cidade. "Foi um soco no estomago, mas não chegou a nos surpreender, essa situação de risco já virou lugar comum nas coberturas jornalísticas no Rio", disse Marques durante o velório do jornalista.

O corpo do jornalista está sendo velado desde a tarde de domingo e deve ser sepultado por volta das 14h de hoje no Memorial do Carmo. Muitos colegas de Silva, que trabalhava na TV Bandeirantes, acompanham a cerimônia muito emocionados.

O diretor do sindicato lembrou que muitas empresas já tiveram repórteres feridos. Ele lembrou a morte do jornalista Tim Lopes e a tortura a uma repórter do jornal O Dia na zona oeste da cidade. "O tráfico jamais pode calar a imprensa, mas existe um limite. As empresas devem desestimular os jornalistas a ficar na linha de frente."

Rogério Marques disse também que esse tipo de conflito com traficantes é característico do Rio. Segundo ele, existem normas de imprensa de como se portar em coberturas do tipo, mas na hora fica a cargo do repórter analisar os próprios riscos.

Gelson foi morto por um tiro de fuzil durante um confronto entre policiais e traficantes na favela Antares. Ele usava colete à prova de balas, mas o projétil atravessou a proteção. Domingos havia trabalhado também nas emissoras Record e SBT. Ele deixa três filhos e dois netos.
 

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