A romancista Mona Simpson saudou seu irmão, Steve Jobs, como uma alma amorosa, em um comovente artigo publicado no domingo (30) no jornal "The New York Times".
A escritora Mona Simpson escreveu um longo e emocionante tributo a seu irmão, o cofundador da Apple Steve Jobs.
"Cresci como filha única, com uma mãe solteira", começa o artigo. "Mesmo sendo feminista, toda a minha vida eu passei esperando por um homem para amar, que poderia me amar. Por décadas, achei que esse homem seria o meu pai. Quando eu tinha 25 anos, eu conheci esse homem, e ele era meu irmão."
O texto foi lido por ela em uma homenagem realizada no dia 16, na Igreja Memorial da Universidade Stanford, e publicado ontem pelo jornal "The New York Times".
"Não me lembro muito do que conversamos naquele primeiro dia, apenas que ele parecia alguém que eu escolheria para ser um amigo. Ele explicou que trabalhava com computadores."
Simpson diz que a "filosofia da estética" de Jobs lembra-a de uma citação mais ou menos assim: "A moda é o que parece bonito agora, mas fica feio depois; a arte pode ser feia no começo, mas torna-se bonita depois".
"Steve sempre almejou fazer o bonito depois", diz Simpson.
Para ela, Jobs "era como uma garota na quantidade de tempo que passava falando sobre o amor". "O amor era a sua virtude suprema, o seu deus dos deuses."
Jobs se preocupava com a vida romântica de seus próximos. Ao ver um homem que uma mulher podia achar interessante, perguntava-lhe: "Ei, você está solteiro? Quer vir jantar com a minha irmã?".
"Lembro-me de quando ele me ligou, no dia em que conheceu Laurene", sua futura mulher. "Há uma mulher linda, e ela é muito inteligente e tem um cachorro, e eu vou casar com ela."
Jobs achava que o sucesso alcançado por ele ainda na juventude isolava-o, revela Simpson. "A maioria das escolhas que ele fez desde quando o conheci era destinada a dissolver os muros ao redor dele."