Alunos, ex-alunos, professores e diretores do Colégio Batista Alagoano reuniram-se neste sábado na última lecção do estabelecimento religioso de ensino, que está fechando as portas em função da venda da propriedade em que funciona há 93 anos para pagar impostos federais que de pouco mais de R$ 4 milhões pulou para quase R$ 15 milhões, com juros, correções, taxas e até honorários de advogados que o governo cobra nos cálculos do Refis (Programa de Recuperação Fiscal).

O colégio está terminando o ano letivo e não vai funcionar em 2012. A expectativa dos dirigentes da Convenção Batista Alagoana (CBAL) é de que suas atividades voltem a se normalizar em 2013 em outra localidade.

As atividades programadas por alunos e ex-alunos para dizer “adeus” ao velho CBA, pelo menos no local em que funciona desde sua fundação, foram iniciadas na sexta-feira com o desfile de abertura da 30ª Olimpíada John Mein, que está se realizando em sua quadra de esportes com jogos em várias modalidades. O desfile, com as bandeiras do Brasil, de Alagoas e do colégio ocorreu na Avenida Aristeu de Andrade.

No sábado, foi intensa a mobilização nas dependências do colégio. Atraídos por mensagens e convites no facebook, cartazes nas igrejas e em outras localidades, mais de mil ex-alunos estiveram presentes ao que chamaram última lecção. A programação, que se estendeu até a noite, foi animada por um DJ, com muitas brincadeiras e espaço para que ex-alunos compartilhassem algo que aconteceu no colégio.

Além dos jogos olímpicos, que seguem nesta segunda-feira, a despedida dos alunos, ex-alunos, professores e diretores encerra-se na sexta-feira, 4, com celebração de um culto de gratidão a Deus, às 19 horas, pela vida de uma instituição que muito contribuiu para a formação profissional e espiritual de milhares de crianças e jovens que por lá passaram nos 93 anos em que o colégio sempre se destacou no cenário educacional de Alagoas.