Muitos alagoanos têm optado, devido à condição financeira favorável, em adquirir carros importados ao invés dos modelos populares. Mas, as apreensões de veículos feitas pela Polícia Federal, em prédios de luxo da Ponta Verde, durante uma operação nacional denominada "Black Ops" chamaram atenção para um esquema de sonegação de impostos.

Recentemente, nos edifícios Catamarã e Alenquer foram apreendidos dois veículos Audi Q5, que podem ter sido comercializados através de membros da máfia israelense, que integram uma grande organização conhecida como "Abergil Family" (Clã Abergil), que age em vários países.

De acordo com Luiz Heine, executivo da Nagoya, concessionária que comercializa carros importados no Estado, é preciso ter cuidado ao comprar tais veículos, que através do esquema chegavam seminovos ao Brasil e consequentemente, mais baratos, o que é proibido.

“Esse fato não é novo, já aconteceram outros casos pelo país. O ideal é procurar uma concessionária autorizada, que a pessoa vai estar livre de qualquer problema. Esse esquema burla a legislação brasileira, que diz que apenas carros importados novos podem entrar mo país”, destacou.

Ele disse ainda, que muitas pessoas se envolvem no esquema, comprando os veículos por uma preço baixo e  afirmou que em Alagoas, muitos vão à concessionária com o desejo de adquirir modelos específicos, como a Pajero Full.

“Um carro que custa R$ 500 mil é vendido pela metade do preço nesses esquemas fraudulentos, mas quem compra barato sabe que algo está errado. Trabalhamos com montadoras, pagando imposto. Aqui, quem tem um poder aquisitivo mais alto opta pela Pajero Full, é um veículo tradicional entre os importados”, explicou.