Maceió se tornou a capital internacional do leite na noite dessa quarta-feira (26), quando foi aberto pelo governo do Estado e a Embrapa o X Congresso Internacional do Leite, considerado o maior evento que trata das questões ligadas ao produto, como cadeia produtiva, mercado, tributação, sanidade animal e produção.

 

Na abertura, realizada no Hotel Ritz Lagoa da Anta, o vice-governador José Thomaz Nonô, na ocasião representando o governador Teotonio Vilela, ressaltou que Alagoas ainda é um estado de economia primária, a qual é responsável por empregar grande parte da mão-de-obra.


Ele disse também que o setor produtivo rural e o governo ainda têm um grande desafio, que é a questão da febre aftosa, mas salientou que nunca foi registrado em Alagoas nenhum caso da doença. “Esse desafio está sendo vencido, assim como outros, por meio das ações do governo de apoio às famílias do campo”, afirmou o vice-governador.


Segundo o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, o evento vai levar as informações mais importantes sobre a cadeia produtiva e o agronegócio do leite. Na ocasião, foi lançado junto com os Correios um selo comemorativo pelos 35 anos da entidade.


Na plateia, formada por profissionais, estudantes, produtores rurais, empresários do segmento e especialistas do Brasil e da Argentina, Canadá, Colômbia, Suécia, Nova Zelândia e Uruguai, havia cerca de mil participantes, interessados nas discussões, que começam nesta quinta-feira (27).


Alagoas na rota dos grandes eventos – Segundo o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Jorge Dantas, o congresso representa o bom momento pelo qual passa Alagoas.


“Esse ano, tivemos em Alagoas a Expoalagoas Genética, o Congresso Brasileiro de Santa Inês, o Zootec, a Expo Bacia Leiteira, a Expoagro, o Congresso do Leite e em novembro teremos o Congresso Nacional da Mandioca”, citou Dantas, destacando também que todos esses eventos são realizados com apoio do governo. “São eventos geradores de negócios, que fortalecem as atividades agropecuárias, que mostram os melhores produtos de Alagoas”, completou.


O secretário falou ainda das ações do Programa Alagoas Mais Leite, que está repassando 25 mil doses de sêmen de alto valor genético para as associações de agricultores familiares, além de 50 botijões de sêmen mais a capacitação. “Em Alagoas, ultrapassamos 800 mil litros de leite produzidos por dia, a pecuária de leite é a atividade que mais gera renda par ao agricultor familiar”, afirmou.


O secretário também aproveitou para solicitar da Embrapa a instalação em Alagoas de uma unidade de pesquisa voltada para a pecuária de leite e disse que é preciso desenvolver mais medidas compensatórias para os produtores que vivem às margens do Rio São Francisco, principalmente os de arroz. “Eles foram afetados após a construção das barragens para geração de eletricidade, precisam de ainda mais apoio”, defendeu Jorge Dantas.