Arapiraca tem segundo PIB de Alagoas e é foco de desenvolvimento do interior

27/10/2011 13:09 - Interior
Por Redação
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Arapiraca se tornou o principal foco de desenvolvimento no interior de Alagoas, com a chegada de novos empreendimentos e oportunidades de negócios para pequenos e médios produtores. O município apresenta o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB), entre as cidades alagoanas, composto em mais de 70% pelos setores de Indústria e Serviços, de acordo com dados da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande).

Com potencialidades econômicas que passam por diversos segmentos do agronegócio até uma intensa produção do setor moveleiro, o município, antes conhecido nacionalmente apenas pela cultura do fumo, é atualmente o grande descentralizador da economia local.

“A política de desconcentração dos investimentos é uma das principais marcas da atual gestão do governo de Alagoas. O município de Arapiraca contribui de maneira intensa para que o estado permaneça nessa constante crescente do setor produtivo”, destaca o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.

Indústria - O aquecimento da indústria e do comércio cria um efeito muito positivo para a população arapiraquense. Segundo o secretário, a renda se torna mais equilibrada com o aumento da geração de riquezas e, consequentemente, do consumo.

Uma importante ferramenta que vai contribuir ainda mais para o crescimento econômico do município será o Polo Moveleiro Nascimento Leão. A área vai fomentar a produção do setor em toda a região Agreste, abrigando empresas de pequeno e médio porte. Com previsão para ser inaugurado até o final de dezembro, o Polo conta com investimentos da ordem de R$ 5,3 milhões. A área total é de 120 mil m², onde 25% será destinado aos empreendedores ligados ao Arranjo Produtivos Locais (APL) Móveis do Agreste.

Força no Campo - Uma das cadeias produtivas que mais cresce em Arapiraca são os cultivos da mandioca e de hortaliças, fortalecidos pelas ações dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) da Mandioca e de Horticultura no Agreste – coordenados pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) em parceria com o Sebrae/AL – , que oferecem aos produtores aparatos técnicos e tecnológicos para a otimização da produção e seu consequente escoamento.

Com projetos desenvolvidos pelo Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) destinados ao aperfeiçoamento das condições de produção, como a eficiência dos fornos em casas de farinha, que obteve 50% de redução da lenha utilizada, e a instalação de campos experimentais de mandioca, a comercialização da raiz e seus derivados cresceu no último ano.

Agricultores familiares venderam 12 mil sacas de farinha para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 100 toneladas para a rede varejista de supermercados e 180 toneladas para o programa de prospecção de mercados pelo Comércio Brasil. Em uma área de 4.500 hectares, houve um aumento de 100% na produtividade, que chega a 90 mil toneladas do produto por ano.

Horticultura - Criado em 2008 pelo Governo do Estado, o APL Horticultura, focado no desenvolvimento da agricultura orgânica com vista na sustentabilidade, também avançou na região. Em uma pesquisa realizada em 2010 pelo Sebrae/AL, os dados mostram um aumento de 80% na renda mensal das famílias agricultoras, que recebem um média de R$ 900,00 cada.

Além disso, a diversificação do cultivo de hortaliças aumentou em 10%. Até novembro do ano passado, os agricultores trabalharam com 32 tipos diferentes do produto, verduras e legumes. A produtividade média, segundo os dados disponibilizados, foi de 1400 toneladas/m² por ano.

Os números demonstram os esforços do Governo de Alagoas em fomentar os pequenos empreendedores como forma de promover o desenvolvimento econômico da região e de Alagoas. O Estado investe em capacitação, consultorias, oficinas, encontros e cursos por meio de parcerias com órgãos públicos – como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Sebrae/AL, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), entre outros – e empresas privadas a fim de proporcionar aperfeiçoamento das técnicas e tecnologias utilizadas nos arranjos para ampliar a produtividade e a comercialização da agricultura familiar.

Mineração – Outro setor da região, que avança em Arapiraca e no município de Craíbas, é a exploração de minérios de ferro, cobre e também ouro. A Mineradora Vale Verde, que já faz sondagens na região, aponta possibilidades concretas de ocorrência dos materiais no solo destes municípios.

“A missão da Seplande é garantir todo o apoio para que as potencialidades existentes sejam compradas. Isso vai garantir a extração dos minérios e, consequentemente, o aumento da oferta de vagas em toda a região”, conclui o secretário Luiz Otavio Gomes.

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