Apesar da elevação na taxa de inadimplência para pessoa física no terceiro trimestre, o Bradesco se mostra otimista em relação ao indicador de atrasos no pagamento de empréstimos por um período superior a 90 dias.

"O aumento da inadimplência de pequenas e médias empresas foi até maior do que da pessoa física. Não vejo um cenário preocupante", disse Domingos Abreu, diretor de Relações com Investidores do banco, que prevê estabilidade neste trimestre.

A inadimplência entre consumidores subiu de 5,7%, em junho, para 6,0% em setembro, incluindo o desempenho com cartões de crédito. Sem esse segmento, o aumento foi menor, passando de 4,6% para 4,7% nesse intervalo.

Para se precaver de um aumento maior dos atrasos, o Bradesco elevou as provisões de crédito de R$ 17,4 bilhões para R$ 19,1 bilhões nesse período.

O banco chegou ao terceiro trimestre de 2011 com lucro líquido acumulado de R$ 8,302 bilhões no ano, resultado 18% maior do que no mesmo período de 2010, apesar do aumento da inadimplência e da elevação das provisões para cobrir perdas com calote.

Nas operações de crédito, o destaque ficou para o aumento dos financiamentos para grandes empresas devido ao fechamento do mercado de capitais para novas dívidas. O segmento teve crescimento do crédito de 27% em relação a setembro do ano passado, enquanto na área de micro e pequenas empresas a alta foi de 26%.

Os empréstimos para o consumidor pessoa física crescem em ritmo bem menor, de 13% em relação a setembro do ano passado. Como um todo, as operações de crédito se expandiram em 22%, bastante acima da previsão de aumento de 15% a 19% para este ano.