Após passar a noite no Hospital Real San José, em Guadalajara, a jogadora de vôlei Jaqueline receberá alta por volta das 17h (de Brasília) deste domingo. Lesionada durante a estreia da Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos, a ponteira terá de usar, como forma de proteção à coluna, um colar cervical pelas próximas semanas.
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Médico-chefe do Comitê Olímpico Brasileiro, João Grangeiro disse que Jaqueline terá de usar o colar por até dois meses. Anteriormente, o médico da Confederação Brasileira de Vôlei, Julio Nardelli, tinha dado um prazo de no mínimo seis semanas.
Segundo Grangeiro, Jaqueline tem chances mínimas de disputar a Copa do Mundo, competição que oferece classificação à Olimpíada de Londres 2012 e que será realizada no Japão entre 4 e 18 de novembro.
"A nossa ideia é fazer tudo em tempo conservador. As fraturas são estáveis, mas não tem como precisar o tempo de retorno, vai depender da avaliação clínica e do desempenho atlético da jogadora. Normalmente, nesse tipo de lesão a recuperação é de dois meses", disse. Grangeiro já havia descartado a participação da atleta na sequência do Pan devido a uma fratura cervical.
"É muito difícil que a Jaqueline participe da Copa do Mundo. O importante nesse momento é ressaltar que, ano que vem, ela vai estar completamente em forma e o ideal agora é dar força para ela melhorar a autoestima, pois ela ainda está um pouco chateada", afirmou Nardelli.
Ela se contundiu na partida contra as dominicanas, que terminou com vitória brasileira por 3 sets a 1, no último sábado, ao chocar a cabeça com a líbero Fabi quando se atirou no chão para defender uma bola.
A atleta imediatamente teve o pescoço imobilizado, foi retirada do Complexo Pan-Americano de Vôlei em uma maca e levada para o hospital. Neste domingo, passou por uma nova ressonância magnética. Não se constatou uma lesão na medula e o tratamento não demandará intervenção cirúrgica.
De acordo com Granjeiro, a lesão é rara em jogadores de vôlei, já que não é um esporte de contato. Os médicos afirmaram que a atleta não necessitou de medicamentos para dormir.
Além do colar, o tratamento de Jaqueline ainda prevê anti-inflamatórios para agilizar a cicatrização da fratura. Preocupados com a longa duração do voo até o Brasil (cerca de 11 horas), os médicos esperam de dois a três dias sairá para acompanhar e evolução da atleta e definir quando ela poderá retornar ao País. A decisão também dependerá da vontade da ponteira, que pode pedir para acompanhar o fim do Pan-Americano junto às colegas.