Os Estados Unidos contam com a maior quantidade de atletas no Pan-Americano-2011, com 627 atletas (346 homens e 281 mulheres), no total. Contudo, o basquete, um dos esporte no qual é mais forte, só terá seu time masculino definido no dia 25, quatro dias após a competição ter iniciado e na véspera do seu primeiro jogo.
Neste ano, ao invés de formar um time com estudantes universitários, como em outras edições, a equipe será formada por jogadores de uma liga secundária da NBA --a NBA D-League, que reúne jogadores que não foram aprovados no draft do torneio (seleção dos jogadores que vêm da universidade ou estrangeiros)-- e atletas que jogam no exterior.
A comissão técnica, inclusive, será encabeçada pelo técnico Nate Tibbetts, do Tulsa 66ers, de Oklahoma, equipe NBA D-League. A equipe está no Grupo B, o mesmo do Brasil. As duas equipes se enfrentam no dia 27. Antes, os americanos jogam contra a Republica Dominicana (26) e depois contra o Uruguai (28).
Na história do Pan-Americano, disputado pela primeira vez em 1951, os Estados Unidos já faturaram oito medalhas de ouro, foram três vezes prata e uma vez bronze. Eles não faturam ouro desde os jogos de Caracas, na Venezuela, em 1983.
GREVE NA NBA
Apesar da NBA reunir os principais jogadores de basquete, a seleção masculina dos Estados Unidos não deve ter nenhum astro do torneio. Além de não ser praxe levar nomes mais badalados, outro fator impede a participação dos atletas: a greve dos patrões.
A NBA ainda não foi iniciada nesta temporada por causa do locaute. As duas primeiras semanas de jogos --até 14 de novembro-- foram canceladas na última terça, após os donos das equipes e os jogadores não chegarem a um acordo sobre o novo convênio coletivo.
Os dirigentes consideram que todo o sistema financeiro atual não funciona depois das perdas milionárias que tiveram com o antigo convênio coletivo. Eles querem que a partilha da receita com os jogadores fique em 50%, em vez dos 57% que receberam os atletas pelo antigo convênio coletivo. Também exigem um teto salarial rígido, contratos de longa duração e rebaixamento dos salários atuais nas próximas duas temporadas.
O sindicato dos jogadores rejeita todas essas reivindicações, exceto a redução dos vencimentos, que condiciona, porém, a futuras compensações.
Na história da NBA, houve apenas uma greve, na temporada 1998/99. Nessa ocasião, o acordo só foi alcançado em 6 de janeiro de 1999, o que reduziu substancialmente o número de partidas da temporada.









