O controle de qualidade do leite distribuído pelo Programa do Leite envolve um processo sistemático de análise físico-química e microbiológica no laboratório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

De acordo com a superintendente de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Inês Pacheco, o pagamento do leite às associações e à cooperativa que fornecem o produto, através dos laticínios responsáveis pela pasteurização, embalagem e distribuição nos pontos, está condicionado à apresentação mensal do laudo do laboratório.

“Esse leite analisado é recolhido nos laticínios. E os resultados estão sempre dentro do padrão; nos casos de inconformidade, é descontado do fornecedor todo o produto distribuído fora do padrão e aplicada uma advertência ao fornecedor, sendo o laticínio suspenso do programa ou descredenciado, no caso reincidência”, informou Inês Pacheco.

Alem desse monitoramento, o Programa dispõe de uma Instrução Técnica, a qual estabelece a cooperação da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Laboratório Lacen e Vigilância Sanitária no monitoramento da qualidade do leite em Alagoas.

O Programa de Aquisição de Alimentos – Modalidade Especial Leite atende em Alagoas a 80 mil famílias nos 102 municípios, mediante a coordenação da Seagri, numa parceria com a Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (SESAN/MDS).

A distribuição do produto é efetivada através da contratação de seis organizações de produtores, entre associações e uma cooperativa, as quais processam a produção familiar em 16 unidades de beneficiamento – laticínios – para distribuição em 350 pontos na capital e interior.

Aumento do Programa do Leite – Em 2009, o Programa do Leite foi municipalizado em Alagoas. Apenas os municípios de Maceió e Arapiraca não aderiram à municipalização. Nos demais 100 municípios alagoanos a distribuição do leite é municipalizada, ou seja, através da parceria entre a Seagri e a Prefeitura Municipal.

“Em Maceió, essa distribuição é efetivada em 106 pontos, que atendem a mais de 10 mil famílias, através de uma rede organizações socais. Cada ponto é coordenado por uma associação ou entidade responsável por entregar o leite ao beneficiário, de acordo com o cadastro de beneficiários efetivado pela Seagri, conforme as exigências do Programa”, explicou a superintendente Inês Pacheco.

O Programa do Leite compõe as ações do Programa Fome Zero, faz parte de um convênio entre a União, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e o governo do Estado, por meio da Seagri. Em 2011, por empenho do governo do Estado, a cota foi aumentada de 63,5 mil para 80 mil litros por dia, beneficiando mais famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional e fortalecendo a pecuária de leite.