Após seis dias de investigações, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), prendeu Guilherme, de 20 anos, suspeito de ter matado o estudante punk Johni Raoni Falcão Galanciak, 25 anos, após uma briga entre grupos punks e skinheads em frente a um bar, na Rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), delegada titular do Decradi, Margarette Correa Barreto, Guilherme afirmou no depoimento que estava no local da briga, mas que não teria matado Galanciak. Ele foi reconhecido por testemunhas.

A prisão temporária de 15 dias foi decretada a temporária e o suspeito vai ser transferido ainda nesta sexta-feira para o 2º Distrito Policial (Bom Retiro). Cerca de 20 pessoas já prestaram depoimento e as investigações continuam.

O outro jovem ferido durante a briga, Fábio dos Santos Medeiro, de 21 anos, continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas.

Briga

A briga ocorreu em frente à boate Carioca Club, onde seria realizada a apresentação da banda punk inglesa Cook Sparrer. O boletim de ocorrência registrado no 14° Distrito Policial, de Pinheiros, afirma que policiais militares chamados ao local viram um tumulto envolvendo cerca de 200 pessoas e pediram apoio. Quando as facções se encontraram, segundo a PM, começou uma briga generalizada que só foi dissipada com a chegada de policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar.

Após a multidão se dispersar apenas oito pessoas e os dois feridos permaneceram no local. Os policiais disseram não terem presenciado as agressões, não podendo identificar os participantes da briga.