O treinador do Real Madrid, José Mourinho, talvez seja o maior desafeto do Barcelona na atualidade, mas já esteve nos planos do time catalão. Ídolo do clube azul e grená como jogador e técnico, o holandês Johan Cruyff afirmou, em uma palestra divulgada pelo jornal Marca, que uma das prioridades de Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona, era contratar Mourinho.

Segundo Cruyff, na época, ele opinou que a melhor opção para o Barcelona seria o atual treinador da equipe, Pep Guardiola. O holandês não poupou críticas a Mourinho, principalmente em relação ao episódio em que o treinador português enfiou um dedo no olho de Tito Vilanova, auxiliar do time do Camp Nou, na final da Supercopa da Espanha.

Cruyff afirmou que a atitude demonstrou a "impotência e prepotência" de Mourinho, ressaltando que gestos como esse prejudicam não só a imagem do treinador como também a de seus jogadores e a do Real Madrid.

O holandês ainda descartou ter inveja de Guardiola, que recentemente o superou em números de títulos. Para Cruyff, a cada título do Barcelona, seu prestígio aumenta, pois, na maioria das vezes, quando se fala no "grande estilo de jogo" da equipe, se fala no nome do ex-jogador da seleção holandesa.

Patrocínio

Sem medo de polêmicas, Cruyff ainda criticou fortemente o presidente do Barcelona, Sandro Rosell, por este ter aceitado estampar um patrocínio efetivo (já que no caso da Unicef, era o time catalão que pagava para usar a marca como uma forma de filantropia) na camisa da equipe pela primeira vez em mais de 100 anos de história.

Cruyff insinuou que Rosell tem relações particulares com o Catar - país que patrocina o Barcelona. Além disso, afirmou que o dirigente está querendo transformar a equipe em uma empresa, uma vez que, em sua opinião, a obsessão azul e grená, além de ganhar títulos, é acumular muito dinheiro.