Depois de sofrer a primeira derrota no Pré-Olímpico de Mar del Plata na sexta-feira, contra a República Dominicana, o Brasil precisava da vitória contra Cuba para garantir a segunda colocação do Grupo A. A Seleção cumpriu a obrigação, batendo Cuba por 93 a 83 no Estádio Poliesportivo Islas Malvinas, mas decepcionou mais uma vez no setor defensivo, permitindo que os adversários marcassem mais pontos do que em qualquer outra partida do Pré-Olímpico e perdessem pela primeira vez um jogo com menos de 20 tentos de diferença.

Benite foi o destaque da Seleção sendo o maior pontuador, com 29 pontos e ficando 29min em quadra. Do lado de Cuba, o cestinha Yoan Luis fez 27, enquanto Yudniel Perez converteu 26 tentos.

A equipe brasileira não teve um padrão durante a partida, principalmente pelo grande número de alterações feitas pelo treinador Rúben Magnano, que testou todos os atletas, principalmente reservas. Com o resultado, o Brasil ficou em segundo lugar no Grupo A, atrás da República Dominicana, se classificando à próxima fase. Canadá e Venezuela também avançaram na competição.

O jogo

O Brasil iniciou a partida com Rafael Hettsheimer no lugar de Tiago Splitter. Huertas, Alex, Giovannoni e Marcelinho Machado completaram time que começou o jogo abrindo diferença para cima dos cubanos. Nos minutos finais do primeiro quarto, Magnano rodou a equipe e, com as alterações, o rendimento da Seleção piorou, o que fez com que o primeiro período da partida acabasse em 26 a 20 para o Brasil.

No segundo quarto, o treinador argentino voltou a realizar alterações. Alex retornou no lugar de Benite que pouco depois já estava jogando ao lado de Hettsheimer, Luz, Giovannoni e Machado, melhorando o desempenho do time, que ampliou a diferença no placar, acabando o primeiro tempo com vitória brasileira por 52 a 37.

Apesar da vantagem, os cubanos entraram com facilidade no garrafão do Brasil, principalmente com o pivô Yoan Luis, que sozinho fez 20 pontos no primeiro tempo. Neste período, o aproveitamento de ambas as equipes nos lances livres foi de 89%. Tiago Splitter, que vinha com um aproveitamento muito ruim no fundamento, não estava em quadra.

Para o início da etapa final, terceiro quarto, Magnano voltou com Benite, Marcelinho Machado, Marquinhos, Huertas e Tiago Splitter. Com alguns dos destaques em quadra, o Brasil ampliou ainda mais a diferença no placar, fechando em 73 a 51, mas não atraiu a atenção da torcida argentina, que apoiava os cubanos e, ao perceber que Scola, jogador da seleção local, apareceu na entrada de um dos vestiários, começou a gritar "Olê, olê, olê, Scola, Scola".

No último quarto, a Cuba diminuiu diferença, enquanto o Brasil continuava com a alta rotação entre reservas e titulares, encerrando a partida com vitória por 93 a 83.