Contrariando as expectativas de que as aulas pudessem recomeçar nesta segunda-feira (22), a Escola estadual Rosalvo Lôbo teve mais um dia de inatividade. No entanto, a movimentação na unidade escolar foi grande, por conta de uma reunião que cobra segurança para os funcionários.
Diretora, professores e funcionários da Escola Estadual Rosalvo Lôbo fizeram uma grande reunião, com o objetivo de definir e enviar propostas ao governo do Estado, proporcionando assim, uma maior segurança a estrutura escolar.
A reportagem do CadaMinuto teve acesso à reunião e pode conferir que a principal reclamação dos professores é com relação à segurança. Após o tiroteio da última semana, que atingiu o porteiro da escola, que está em estado grave e uma estudante, em recuperação, a precariedade na estrutura da escola veio à tona.
Segundo o professor de educação física da escola, Alexsandro Santos Vieira, um dos líderes da reunião, a instituição de ensino precisa de uma maior segurança em tempo integral. “O que nós estamos pedindo é apenas segurança. Além das outras dificuldades que nós enfrentamos, não podemos passar educação para esses alunos, estando inseguros”, disse.
Outra professora, e ex-diretora da escola, Maria Aparecida Lima Barros, falou sobre a necessidade de segurança na escola. “A insegurança não é fato novo por aqui. Mas, precisou acontecer isso, quase acabar em tragédia para que atitudes fossem tomadas, infelizmente”, afirmou.
A diretoria geral da escola, Lucijane, ainda assustada com a gravidade dos acontecimentos e a repercussão do meio, não queria dar entrevistas, mas, durante uma breve pausa na reunião falou com a imprensa. “Ainda estamos vendo algumas situações, estamos ouvindo os professores. Mas, podemos garantir que as aulas só voltam quando três vigilantes, um por cada turno estiverem aqui, e também vamos lutar pela instalação de cercas concertinas, aquelas em espiral. Precisamos manter a segurança na escola, ninguém consegue trabalhar assim”, disse.
Com a reunião praticamente encerrada, ficou definido que um memorando com todas as reivindicações será enviado à Secretaria de Estado da Educação, para que sejam tomadas as devidas providências. Além disso, um protesto será realizado a partir das 13h00, em frente a escola, pedindo paz e segurança nas instituições de ensino.
SITUAÇÃO DAS VÍTIMAS
As duas vítimas do incidente na escola vivem situações distintas. A adolescente atingida na perna já foi liberada e está em casa. Já o porteiro Genilson Angelo Pinto, de 44 anos, continua internado em estado grave no HGE. Atualmente o porteiro se encontra na Unidade de Terapia Intensiva(UTI) entubado e sedado.
Durante a reunião desta segunda-feira, professores pediram também uma maior assistência por parte do governo as vítimas do tiroteio.