Os/as trabalhadores/as da Eletrobras Distribuição Alagoas e CHESF realizaram uma paralisação de protesto nos dias 20 e 21 de julho, quando cem por cento da categoria cruzou os braços em todo o Estado, sendo mantidos apenas os serviços essenciais. A paralisação foi em protesto pelo descaso da Eletrobras com as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT 2011. A categoria se concentrou no prédio sede da empresa, na Gruta de Lourdes. Na quinta-feira 21/07, distribuiu uma carta aberta à sociedade, explicando o motivo do ato e solicitando apoio da população. As principais reivindicações são de aumento real e avanço nas demais cláusulas do ACT.

A mobilização, que ocorreu em todo o país, conseguiu paralisar todas as empresas do sistema Eletrobras, incluindo geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Na próxima semana, dias 26 e 27 de julho, o Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE, estará realizando uma reunião em Brasília, visando planejar novas ações, na expectativa de retomar as negociações com o governo, do qual espera sensibilidade para o retorno das negociações do ACT em andamento.

No dia 21/07 foi entregue, pelo CNE, uma Carta Aberta e a Pauta de Reivindicações ao ex-presidente Lula, com intuito de pedir ajuda para retomada das negociações do ACT 2011, hoje paralisado por intransigência da Direção da Eletrobras e do Ministério de Minas e Energia. “Esperamos que esse gesto de Lula mostre ao Governo que o diálogo ainda é a forma mais democrática de se resolver uma negociação”, diz Amélia Fernandes, presidenta do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas.

Segundo ela, os/as trabalhadores/as do Sistema Eletrobras vem sendo duramente penalizados por setores conservadores do Governo Federal, que vem negando sistematicamente as reivindicações da categoria, ao passar para a sociedade que aumento de salário gera inflação. “Este governo, que por um lado vem mantendo o crescimento econômico mesmo com a crise nos países desenvolvidos, por outro lado pode comprometer essa trajetória sob a justificativa do controle inflacionário, se valendo de um discurso retrogrado baseado no arrocho salarial, que empobrece os trabalhadores”, diz Amélia.

“Este receituário o Brasil do governo Lula não seguiu, o que fez a diferença em relação aos países que ainda estão em crise e que continuam adotando um caminho conservador para sair do fundo do poço, o que tem como resultado a recessão, privatização e desemprego. Lembramos que os eletricitários realizam um serviço essencial para a sociedade e a vida”, conclui a sindicalista.